domingo, 25 de julho de 2010

A ORAÇÃO QUE AGRADOU A DEUS


A fábula do gênio da lâmpada é muito conhecida. Alguém encontra uma lâmpada, esfrega-a, dela sai um gênio que pode atender aos pedidos feitos. Se isto fosse verdade, e se nós achássemos a lâmpada, o que pediríamos? Creio que a maioria de nós faria seu pedido pensando apenas em si mesmo, e nem estaríamos preocupados se o nosso pedido agradaria ou não ao gênio.
A Bíblia nos conta sobre alguém que não encontrou uma lâmpada com um gênio, mas teve um encontro com Deus, e nele a oportunidade de pedir o que quisesse, que lhe seria dado. E a pessoa pediu não para agradar a si mesma, mas a Deus. Como pedir de modo a agradar a Deus? Como nossas orações podem agradar a Deus? Estando o exemplo de Salomão em 1ª Reis 3.2-15 podemos notar três características de uma oração que agrada a Deus.

Uma oração que agrada a Deus é fruto de um amor a Deus. O texto nos diz que Salomão amava o SENHOR. Este amor foi demonstrado de duas maneiras: em obediência aos mandamentos de Deus e numa devoção generosa a Deus. Salomão amava a Deus, e por isso andava nos estatutos de Davi, que de fato eram ordens de Deus. A obediência é sinal de amor para com Deus. Isto aparece no decorrer de toda a Bíblia. Várias vezes no livro de Deuteronômio a obediência é ligada ao amor (Deut. 10.12). Também o Senhor Jesus Cristo reafirmou isso, dizendo que aquele que o ama guarda os seus mandamentos (João 14.15), e que quem tem os seus mandamentos e os obedece, que esse é o que de fato o ama (João 14.21). Nosso amor a Deus é demonstrado em nossa obediência aos mandamentos de Deus. Se não obedecemos é porque não amamos. Uma oração que agrada a Deus é resultado de um coração que ama a Deus, e demonstra isso em obediência.
O amor de Salomão também foi evidenciado em sua devoção generosa. Ele foi adorar em Gibeão, que distanciava 10 km de Jerusalém. Ali estava o tabernáculo, só que sem a arca, pois Davi a havia levado para Jerusalém (2 Cr 1.2-6). Nessa adoração Salomão ofereceu mil holocaustos. Este era o sacrifício totalmente queimado. Nada dele era consumido pelo ofertante. Foi um derramamento de amor e gratidão ao Senhor. Mil animais totalmente queimados, só para o Senhor, só para agradá-lo. Tudo virando fumaça e subindo para Deus, nada ficava para Salomão ou para os outros ofertantes. Uma manifestação de devoção, de total falta de interesse próprio na adoração.
Nosso amor também se manifesta em doação. Tal qual a mulher que derramou o vaso de essência de perfume sobre os pés de Jesus. Uma extravagância de generosidade, que demonstra um amor extravagante. Salomão também manifesta este mesmo tipo de amor. Nossa adoração deve envolver uma manifestação generosa de amor. Com abundância de nossa parte em doar-nos a Deus. Dar nosso tempo, recursos, atenção, devoção, de forma generosa e não mesquinha. Uma oração que agrada a Deus brota de um coração que ama a Deus e manifesta esse amor em devoção generosa.
Uma oração que agrada a Deus baseia-se na graça de Deus. É muito interessante o fato de que quando Deus aparece a Salomão e lhe dá a oportunidade de pedir o que quisesse, ele relembra a graça de Deus, antes de fazer seu pedido. Penso que alguns de nós, se tivéssemos a oportunidade que Salomão teve iríamos fazer logo a nossa lista de pedidos e teríamos olhos apenas para as nossas necessidades.
A palavra que é traduzida como “graça” ou “bondade” reflete a idéia de um compromisso fiel assumido por alguém visando socorrer e ajudar outra pessoa, mesmo que não haja nesta, méritos para isso. Salomão vê a manifestação da graça de Deus de duas maneiras: na obediência de seu pai Davi e no fato de Salomão estar no trono reinando em lugar de Davi.
Nossa oração irá agradar a Deus se tivermos olhos para apreciar tanto nosso passado como nosso presente como resultados da graça de Deus. Se entendermos que não possuímos méritos, nem temos condições de exigir nada de Deus. Mas tudo que Ele já nos deu e fez por nós, foi apenas por conta de Sua misericórdia para conosco.
Uma oração que agrada a Deus prioriza o Reino de Deus. Após relembrar a graça de Deus, Salomão faz seu pedido. O qual indica sua preocupação em cumprir a missão que Deus tinha lhe dado.
Ele reconhece que não tem condições de realizar o serviço que Deus tinha lhe confiado. Sabe também que a obra é muito grande e importante, pois se trata do povo de Deus. Vê o cargo de rei como uma oportunidade para exercer justiça, servindo a Deus. Ela não entende que sua posição é para conseguir vantagens para si mesmo, mas um meio de servir ao povo de Deus.
Então pede o que ele mais precisa para desempenhar a função recebida: sabedoria para discernir entre o certo e o errado, o falso e o verdadeiro, e assim poder governar corretamente o povo de Deus. A sabedoria que ele pede não é para se tornar conhecido e famoso, mas conhecimento da realidade da vida para servir ao Reino de Deus.
Na oração do Pai nosso Jesus nos ensinou a mesma coisa. Antes de pedir para nós, temos que pedir par o reino. Os primeiros três pedidos desta oração são: santificado seja o TEU nome, venha o TEU reino; seja feita a TUA vontade. E só então vem o pão NOSSO de cada dia.
Se queremos agradar a Deus com nossas orações devemos pedir priorizando o Reino de Deus, pedir pensando em cumprir a missão e serviço que Deus nos confiou. Peça por amor a Deus, peça baseado na graça de Deus, peça pensando no Reino de Deus.

domingo, 4 de julho de 2010

DIANTE DA OPOSIÇÃO, PLANEJA-SE O FUTURO COM ORAÇÃO


O que deve ser feito quando temos uma missão a cumprir, mas enfrentamos oposição? A resposta pode ser múltipla, mas ela deve incluir duas atitudes: não desistir e planejar o futuro da missão com oração. Isto nos é ensinando através do exemplo de Jesus em Lucas 6.12,13.

Lucas nos diz que o acontecimento narrado aqui se deu “naqueles dias”. Anteriormente ele narrou incidentes que mostram a oposição a Jesus aumentando(6.1-11). O momento era crítico, os inimigos estavam querendo acusar Jesus (6.7). Tornam-se tão cheios de ira que não podiam nem pensar direito. São tomados por uma fúria extrema, daquelas que leva a pessoa a perder a sensatez. Então ficam planejando o que fazer com Jesus (6.11). Jesus vê seus inimigos aumentando, e sabe que um dia O matariam.

Ele também planeja o que vai fazer, não contra os seus inimigos, mas a favor da obra que tinha que realizar. Enquanto os inimigos de Jesus conversam uns com os outros para saberem o que fazer, Jesus conversa com Deus Pai.

A adversidade, os problemas, a oposição, as dificuldades, não fazem Jesus desistir, mas o impelem a buscar a orientação de Deus. Ele olha para o futuro, para a missão depois Dele, e se coloca diante do Pai para receber a direção. Sua visão não se prende apenas aos problemas do momento, mas busca em Deus Pai a visão e forças necessárias para tomar as medidas cabíveis para o prosseguimento da obra.

Diante de circunstâncias pressionadoras, atmosfera ameaçadora, Ele sabe que precisa fazer uma escolha influenciadora e importante para que a obra não parasse. E faz isso depois de passar uma noite em oração.

Ele vai a um lugar adequado, a um monte, onde poderia estar sozinho em oração. Também faz isso numa hora adequada, quando Ele não seria interrompido. Ele se afasta das atividades, da oposição, das possíveis distrações, para conversar com o Pai.

Ele também ora de maneira adequada à situação. Ele atravessa a noite toda em oração. A idéia da palavra é que Ele passou a noite vigiando, acordado em oração. Demonstra como Ele considerava a questão importante, e como Ele valorizava a oração. Consideramos o sono uma necessidade vital. Não conseguimos funcionar bem se não dormirmos o suficiente. Só perdemos noites de sono por questões que julgamos deveras importante. E para Jesus, a oração a Deus para dar prosseguimento à obra era algo que valia uma noite sem sono, mas em oração.

A expressão “orando a Deus” também poderia ser traduzida como “Oração de Deus”, indicando que foi uma oração com fervor e entusiasmo. Uma oração cheia de vigor, enfática e intensa. Expressa a idéia de uma oração veemente, que clama fortemente a Deus, com grande importunação, devoção e ávida por uma resposta.

O resultado foi a escolha dos doze apóstolos. E podemos dizer que cada um deles cooperou para que a obra fosse consumada. Um de maneira negativa, mas os outros onze de maneira positiva. Como resultado desta escolha, que foi fruto de oração, o evangelho se espalhou pelo mundo, e chegou até nós. Daqueles doze escolhidos, onze mudaram o mundo levando avante a missão de Jesus.

Nós também temos uma obra a realizar. Também enfrentamos oposições e adversidades. Pode haver pessoas iradas conosco, planejando maneiras de nos atrapalhar. Não devemos desistir, nem olharmos apenas para as ameaças e obstáculos que estão no nosso caminho. Mas em oração planejar para que a obra seja completamente realizada. Diante de problemas, devemos clamar a Deus e avançar.

Vamos gastar nosso tempo em oração buscando a orientação de Deus. Escolhendo lugares e momentos quando não seremos interrompidos. Escolher horas que possam ser exclusivas para Deus.

Diante de desafios, o que se espera do seguidor de Jesus, é que Ele busque com devoção a orientação de Deus, em oração.

RENOVANDO O ÂNIMO PARA ENFRENTAR MAIS UM ANO QUE SE INICIA – 2ª PARTE

  Há pessoas que “ desistem da vida muito antes que seu coração pare de bater — estão acabadas, esgotadas, despedaçadas, mas ainda assim aco...