quinta-feira, 26 de setembro de 2013

QUANDO NÃO SE ATENDE AO AVISO, SOFRE-SE O JUÍZO!

“Tragédia anunciada” é a expressão costumeiramente usada para se referir a uma catástrofe ou desgraça já prevista, mas que nada foi feito para impedir o seu acontecimento.  Alguns exemplos: povoações que se instalam nas encostas dos morros até que a chuva chegue e arraste a todos; pais que não corrigem seus filhos e estes lhe causam muitos sofrimentos; motoristas que dirigem descuidadamente até que provocam um acidente; pessoas que continuam em seus pecados até que o julgamento de Deus traga o devido castigo. Este foi o caso da cidade de Nínive.
Nínive era uma antiga, grande e poderosa cidade. Fundada por um forte guerreiro chamado Ninrode (Gen 10.11). Escavações arqueológicas indicam que por volta de 4500 anos antes de Cristo ela já era habitada. Ela cresceu e se tornou a capital do grande Império Assírio. Por quase 300 anos foi considerada a principal cidade do mundo e viveu o auge de sua prosperidade (900-612 antes de Cristo).
Os assírios eram grandes conquistadores, seus reis eram cruéis, desapossavam as terras conquistadas e levavam seus moradores como cativos. Agiram assim com várias nações, inclusive com o povo de Israel (2 Reis 17.3-6).  Faziam as guerras com ferocidade, torturavam e mutilavam com brutalidade. A cidade era conhecida por seus pecados: arrogância, mentiras, crueldade, pilhagens de guerra, prostituição, feitiçarias, exploração comercial, etc.
O pecado de Nínive tinha chegado até Deus (Jonas 1.2), e Ele já havia avisado várias vezes que o julgamento viria. Jonas foi enviado anunciando a ameaça de Deus, cem anos antes do profeta Naum. Na época houve um arrependimento, então Deus poupou a cidade. Mas foi um arrependimento transitório, os habitantes de Nínive voltaram aos seus pecados. Depois de Jonas vários profetas avisaram Nínive e o Império Assírio sobre o perigo que uma vida pecaminosa acarreta (Sofonias 2.13; Isaías 10, 11,14; 30.27-33; Miquéias 5.6). 
Os governantes e habitantes da cidade confiavam nas providências que haviam tomado para defender a cidade de qualquer conquista.  Na época de Naum, Nínive tinha um muro externo de quase 13 Km de extensão e 15 mts  de largura (três carruagens poderiam passar em sua largura lado a lado, o equivalente a 6 carros de hoje). Havia ainda um fosso de 45 mts de largura,  que poderia ser cheio quando as tropas inimigas ameaçassem a cidade. Outro recurso era uma linha de proteção por escudos cobertos de couro para desviar pedras e flechas.   O distrito administrativo da cidade tinha entre 50 a 100 km de um extremo a outro, eram necessários três dias para ser percorrida (Jn 3.3).
            Um de seus grandes reis, Senaqueribe, desviou o curso do rio, pois quando transbordava inundava a cidade e minava os alicerces de alguns palácios.  Também o represou para que a cidade tivesse água quando fosse sitiada, e fortaleceu os alicerces do templo. Havia um ditado na cidade "Nenhum inimigo jamais tomará Nínive de surpresa a menos que o rio se torne primeiro o inimigo da cidade".
            O profeta Naum avisou a queda de Nínive (1.1,8,10,11,14. 2.1,3-10; 3.1-7;11-19). Note os detalhes da profecia: haveria inundação; seria destruída num estado de embriaguez; cairia com facilidade; seria queimada; seria totalmente destruída e ficaria devastada.  
            Já que Nínive não deu atenção aos avisos, a tragédia anunciada aconteceu.
Como era a cidade dominante, Nínive tinha muitos inimigos e estes se uniram para derrotá-la: medos, babilônicos e citas.  Um historiador antigo (Deodoro da Sicília) narrou que o rei da Assíria não estava consciente do que estava ocorrendo com suas defesas, e estava acampado do lado de fora das muralhas, confiando em seus exércitos, e junto com estes começou a beber e a banquetear. Desertores contaram ao general inimigo a situação, este fez um ataque noturno e pegou o exército assírio desprevenido, causou pesadas baixas e os obrigou e recuar para a cidade.  Os exércitos estavam desorganizados e embriagados.  Vários ataques foram feitos, mas a cidade ainda resistiu por um tempo. 
Fortes chuvas provocaram uma inundação e o rio que atravessava a cidade e que tivera seu fluxo controlado por uma represa provocou brechas no muro da cidade, por estas o exército inimigo entrou.  O rei, acreditando que seu fim fora chegado, mandou colocar numa área do palácio suas riquezas e concubinas e mandou atear fogo no palácio inteiro. A cidade foi então destruída rapidamente (612  a.C.),   depois de um cerco de 3  meses.  Para uma cidade tão fortificada, ela caiu em pouco tempo, (certas cidades levaram 29 anos para se entregarem como Asdode).   A cidade foi saqueada, abandonada e se transformou num montão de ruínas.
Durante séculos Nínive esteve esquecida, nem se sabia onde ficavam suas ruínas. Mas no sec. 19 os arqueólogos descobriram os morros por baixo dos quais estava Nínive, algo tão grande que ainda hoje fazem escavações no local. Chegaram ao palácio que ainda tinha o entulho do incêndio, que chegava a 3 mts de altura.
Cumpriu-se Sf  2.13-15,  e ainda  hoje‚ Nínive é terra de escavações  e  pastagens  de rebanho, seu nome moderno  é "morro de muitas ovelhas". A Bíblia profetizou a queda de Nínive e ela ocorreu. O que aconteceu com Nínive foi escrito para nosso exemplo. Ela não escapou, e nós, se permanecermos no pecado, também não escaparemos.

Nínive não ouviu o aviso,
e por isso sofreu o juízo.
Para quem vive no pecado sem arrependimento,
e deixa os avisos de Deus no esquecimento
O resultado será: enfrentar Seu julgamento.

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