Algumas pessoas não conseguem perceber um relacionamento
entre obrigação e amor. Acham que um exclui o outro. Raciocinam que: se algo foi feito por obrigação, então não houve amor, e se há amor, então nenhuma obrigação está envolvida.
Mas
há sim um relacionamento.
O livro de Deuteronômio nos mostra isso. Nele há tanto
um incentivo para se guardar a Lei de Deus (uma obrigação), como uma exigência
de que esta obediência seja motivada por amor. O povo de Israel tinha a
obrigação de obedecer a Deus, mas esta obrigação deveria ser resultado de seu
amor para com Deus. (Deuteronômio 6.4,5; 10.12,13;30.20)
A obrigação é fruto do amor. Pois quem ama assume
compromissos. Sempre o amor vai gerar uma obrigação para com algo ou alguém que
amamos. Os cônjuges assumem obrigações uns para com os outros, porque se
amam. Os pais assumem a obrigação de
cuidar dos filhos porque os amam . Um amigo assume a obrigação de
resolver um problema para outro amigo por conta da amizade que os une. Outros
exemplos poderiam ser apresentados.
Penso ainda, que a obrigação repetida pode gerar amor. Agora
isso nem sempre acontece, mas é possível. A disciplina em fazer alguma coisa
pode nos levar a amar o que fazemos. Alguém pode não gostar de tocar violão,
mas com a obrigação de praticar, pode acabar gostando. Algumas vezes não
gostamos de uma matéria nos estudos, mas somos forçados a nos aplicar, então
passamos a gostar. Outra situação é de sermos obrigados a conviver com alguém,
e com o passar do tempo começarmos a amar aquela pessoa.
Repito, este segundo relacionamento nem sempre acontece. Mas
o primeiro sim. O amor sempre gera obrigação.
Então, não é "amor ou obrigação", mas "obrigação por amor". Pois "A obrigação resulta do amor".
2 comentários:
Amém Deus abençoe sua vida gostei de ler o artigo
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