Se isso for verdade, é apenas em alguns casos, pois
há visitas para as quais podemos aplicar a palavra presente em dois dos seus sentidos: (1) alguém que está conosco, e (2)
algo que é doado para trazer felicidade a alguém. Há presenças que são
presentes, elas fazem a diferença para melhor.
Após
um jogo de futebol, no qual certo jogador foi determinante para seu time vencer
a partida, os seus companheiros disseram que, se aquele jogador estivesse presente
em todos os jogos, o time teria um aproveitamento de cem por cento. Aquele
jogador era um atleta diferenciado, sua presença era um presente para o time, pois
ele fazia a diferença.
Diferenciado tornou-se um termo que expressa
um elogio. Quando nos referimos a alguém como diferenciado, estamos afirmando
que ele é distinto, isto é, ele se destaca por ser melhor do que os outros
naquilo que está sendo comparado. Alguém
que deseja melhorar certa situação diz “quero
fazer a diferença”. Já quando se
espera que outra pessoa torne a situação melhor, ouvimos “Ele pode fazer a diferença”.
Algumas pessoas querem que a
vida seja diferente, mas não conseguem fazer a diferença. Elas acham que para a
vida ser diferente é preciso que as outras pessoas mudem, os lugares sejam
outros, os recursos sejam melhores e etc.
Como ter uma vida
diferenciada?
Uma vida diferenciada é
resultado de uma Presença que é um Presente. O salmista diz que a presença de Deus
é o que faz a diferença entre o medo e a coragem, pois, mesmo no vale da sombra
da morte, ele não teme, pois Deus está presente (Salmo 23.4).
Esta verdade também nos foi
mostrado por Moisés em Êxodo 33. 15.16. Após o episódio do bezerro de ouro,
quando o povo de Israel quebrou a aliança que havia recebido de Deus, foi lhe ordenado
que conduzisse o povo à terra prometida. Mas ele disse para Deus: Se
a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar. Em outras palavras; Só vou se o SENHOR for, caso contrário, não sairei daqui.
Moisés preferia ficar no deserto com Deus, do que ir para Canaã sem a
presença Dele. Para Moisés, a presença de Deus tornava o deserto melhor do que
a terra que manava leite e mel. A terra prometida não lhe atraía, se o Deus que
a prometera não estivesse nela. Deus era o maior presente, não a terra.
Tanto as situações difíceis do deserto, como a teimosia daquele povo,
tornavam-se suportáveis apenas com a presença de Deus. Ele já havia aprendido
que o diferencial na vida, não era o lugar, nem as pessoas, mas a presença de
Deus. A qualidade de vida para ele não
dependia das condições de lugar, nem de recursos, ou outra coisa qualquer, mas
da presença de Deus.
Ele confirma esta verdade dizendo: “E como se há de saber então, que eu e este povo achamos graça (favor) diante
dos teus olhos? Não é por andares conosco, fazendo a mim e a teu povo distintos
de todos os povos que estão sobre a face da terra? ” .
A presença de Deus evidenciava Sua
graça. Esta graça se manifesta supremamente não nas coisas que Ele nos dá, mas
em Ele dar a Si mesmo para estar conosco. Sem a Sua presença, as Suas dádivas
não nos servem. Sem Ele presente, Seus presentes ficam sem graça. A Sua
presença é tudo que precisamos. Sua presença é Seu maior presente! Ele presente
é o maior presente que devemos ansiar.
Esta mesma verdade foi afirmada
para o apóstolo Paulo com outras palavras. Diante de uma situação de maus
tratos e ofensas, produzidas por um enviado de Satanás, ele clamou a Deus por
livramento. Fez isso três vezes e Deus lhe respondeu: A minha graça te basta (2 Co 12.9). Em outras palavras: Paulo, tudo que você precisa para estar
contente é da minha graça. Ela é suficiente para lhe deixar satisfeito.
O favor de Deus se manifestava em Sua presença
no meio do Seu povo, e esta presença era o que tornava aquele povo diferenciado
de todos os outros povos. O que era verdade para o povo também era para Moisés.
A presença de Deus era o sinal de que Deus estava lhe agraciando, e fazendo-o
distinto dos outros homens.
Depois
de uma sublime manifestação de Deus, mostrando o que Ele era, Moisés reitera
sua afirmação da necessidade da Sua presença (Ex 34.5-9). Ele diz: Senhor,
se, agora, achei graça aos teus olhos, segue em nosso meio conosco; porque este
povo é de dura cerviz. Moisés reconhece que só poderia fazer a
diferença, no meio daquele povo indiferente para com Deus, se Deus estivesse
com ele. A presença de Deus é que faria a diferença.
Moisés
já havia experimentado como esta presença fazia a diferença e trazia graça para
o povo. Deus já mostrara no Egito que
tratava o seu povo com distinção, quando o separou para que as pragas não
atingissem, e o propósito era mostrar que Ele era o Deus Soberano sobre a terra
(Ex 8.22; 9.4; 11.7). Deus graciosamente
levara os egípcios a doarem aos israelitas valores que compensassem o tempo da
escravidão (Ex 11.2,3).
Há
outros exemplos de que a presença de Deus faz a diferença. Labão testemunha que
havia recebido graça e benção por causa da presença de Deus na vida de Jacó (Gn
30.27). José era outra pessoa diferenciada. Em Gênesis 39 é afirmada por seis
vezes a presença de Deus em sua vida, era esta presença que fazia a diferença.
Também
foi a presença de Deus que fez a diferença na vida de Sadraque, Mesaque e
Abede-Nego quando foram lançados na fornalha sobremaneira acesa, que matou os
que os jogaram lá dentro, mas não fez nada com eles (Dn 3.22-27). Foi a mesma
presença que fez a diferença na vida de Daniel, quando passou uma noite com
leões famintos, que nada lhe fizeram, mas que devoraram seus inimigos (Dn
6.22-24).
A presença de Deus conosco é um
favor que Ele nos concede. Um favor tão precioso que deve ser buscado com
insistência, humildade e sinceridade. É esta presença que nos distingue das
outras pessoas. A presença de Deus faz a diferença.
Um comentário:
Que meditação preciosa...edificou muito a minha vida. Como Deus é bom dando-nos o privilégio de servi-lO através da escrita e assim consolar outros.Tenha um ótimo dia.
Postar um comentário