Só vou se
você for, se você não for eu também não vou. Estas frases são pronunciadas
diante de tarefas que não nos sentimos capazes de realizar sozinhos, e
solicitamos a ajuda de alguém conosco.
Algumas vezes, a pessoa que nos dá a tarefa
simplesmente nos diz “se vire”, e ela
também se vira, mas para ir embora, e nos deixa sozinhos.
Lembro-me de um caso destes numa
empresa onde trabalhei. Um recém-chegado ao trabalho recebeu algumas tarefas
para realizar, mas precisava de ajuda. Então solicitou orientação para o
funcionário que desempenhava a função antes dele. O que ouviu de volta foi “se vira”. O choque foi tão grande, que
aquele moço chorou.
Nosso
Deus não age assim, pelo contrário, quando nos dá a tarefa, Ele também promete
a Sua presença para nos dar o sucesso na tarefa.
Vejamos
alguns exemplos.
Quando
Deus deu a Josué a missão de levar o povo de Israel até a terra prometida, Deus
lhe disse para ser forte e corajoso, e também lhe deu certeza de vitória, a
razão era “Eu serei contigo”. “Ordenou o SENHOR a Josué, filho de Num, e
disse: Sê forte e corajoso, porque tu introduzirás os filhos de Israel na terra
que, sob juramento, lhes prometi; e eu
serei contigo.” (Deuteronômio 31.23).
Este incentivo é repetido mais
três vezes, indicando que Deus quis deixar claro para Josué que o sucesso
estava garantido porque Ele continuaria presente. Em Josué 1.5 Deus reafirma
tanto o sucesso da missão quando diz que ninguém faria uma oposição permanente
a Josué, como relembra a razão deste sucesso: como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei. Isso seria por todos os dias da tua vida. Mas Deus também afirma que Sua presença
estaria com Josué, não apenas todos os dias, mas também em todos os lugares: o
SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares (Josué 1.9). Deus agiu para que todos os
de Israel soubessem que como fui com
Moisés, assim serei contigo (Josué
3.7).
Josué seguiu as orientações de Deus, dependendo de Sua presença e
cumpriu a missão que recebeu (Josué 21.43-45)
Outra pessoa que também recebeu uma missão e a mesma promessa foi o
rei Jeroboão em 1 Reis 11.38. A condição para Jeroboão ser bem sucedido era
respeitar a presença de Deus, sendo obediente e seguindo as instruções Dele.
Mas este caso terminou diferente do de Josué, pois Jeroboão resolveu seguir
suas próprias táticas e não confiar em Deus, assim não foi bem sucedido na
missão recebida. Ele não deu importância à presença de Deus (1 Reis 12.25-33 ;
13 e 14)
Um
terceiro exemplo ocorreu depois do exílio babilônico, quando Deus deu uma
missão aos líderes de Israel: reconstruir o templo. E junto com a missão, a
promessa: Eu sou convosco (Ageu 1.13). Havia muitos impedimentos
para a reconstrução. Ameaças de outras nações, desinteresse do próprio povo de
Deus, e falta de recursos. Isso poderia desanimar os líderes, mas Deus lhe
anima dizendo: Ora, pois, sê forte,
Zorobabel, diz o SENHOR, e sê forte, Josué, filho de Jozadaque, o sumo
sacerdote, e tu, todo o povo da terra, sê forte, diz o SENHOR, e trabalhai, porque eu sou convosco, diz o SENHOR
dos Exércitos; segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do
Egito, o meu Espírito habita no meio de
vós; não temais. A confiança na presença de Deus os levou a obedecer, e
cumpriram a missão recebida.
Uma missão também foi dada aos
discípulos de Jesus: fazer outros discípulos em todas as nações da terra
(Mateus 28.18-20). Fico imaginando aquele pequeno grupo, ali na Palestina,
ouvindo esta ordem. O que será que pensaram? Ou ainda, será que de fato
entenderam o alcance da missão recebida? Como aquele pequeno grupo poderia
levar uma mensagem sobre um Messias rejeitado ao mundo inteiro? Como
enfrentariam os poderes religiosos judaicos? Como reagiriam diante do poder
imperial romano? E os recursos viriam de onde? E a capacidade, pois não eram
homens cultos, nem viajados? Eram galileus, considerados inferiores pelos
próprios judeus. Como cumpririam esta enorme missão?
Mas havia uma promessa: E eis que estou convosco
todos os dias até à consumação do século.
Eles confiaram
e obedeceram, e ainda no primeiro século o evangelho já havia chegado a quase
todo mundo conhecido daquela época. A presença de Deus capacitou os discípulos
a realizarem tão grande missão.
É a mesma
presença que nos capacita e nos anima a continuar cumprindo esta missão. Cada
um de nós, no lugar e na posição que Deus nos deu, deve permanecer fiel,
confiando que Jesus permanece conosco, que o Seu Espírito nos capacita, e que a
missão será cumprida. A Igreja será bem sucedida em anunciar o evangelho ao
mundo, porque Deus se faz presente com ela.
Um comentário:
Obrigada pela meditação. Realmente precisamos sempre lembrar da presença constante do nosso Salvador Jesus.
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