A história do rei Manassés é contada em 2 Reis 21.1-18 e 2 Crônicas
33.1-20. Ele começou a reinar ainda criança, tinha doze anos, e reinou durante
55 anos, o reinado mais longo do reino de Judá, que era a parte sul do povo de
Israel.
Seu reinado pode
ser dividido em duas partes, a primeira foi um desastre. Ele fez o que o Senhor
reprovava, imitando os costumes das nações que habitavam em Canaã antes do povo
de Israel tomar posse daquela terra. Estes costumes eram abominados por Deus e
haviam sido a razão para que Ele
expulsasse aquelas nações da terra.
Manassés fez o
povo voltar às adorações idólatras, desfazendo a reforma que seu pai, o rei
Ezequias, havia empreendido. Enquanto seu pai demoliu os altares dos ídolos,
Manassés os reconstruiu, ergueu ainda outros e prestou adoração aos astros
(sol, lua e estrelas). Profanou o templo do Senhor, construindo nele dois altares
que serviam para adorar os astros, e também colocou uma imagem neste templo. Para
completar, este rei ofereceu seus filhos em holocaustos aos deuses,
queimando-os em sacrifício. Além disso, praticou a feitiçaria, a adivinhação, a
magia, a mediunidade e a consulta aos mortos. Ele fez pior do que as nações
idólatras que Deus havia punido quando Israel veio habitar naquela terra.
Com estas
práticas ele desviou o povo de seguir ao Senhor, que com grande graça e
misericórdia enviou os seus profetas, mas Manassés não lhes deu atenção. Uma
tradição conta que ele mandou serrar o profeta Isaías ao meio.
Esta parte da
história nos alerta. Pois, se Manassés, que conhecia a Palavra de Deus, ouviu
os profetas enviados por Deus, foi criado por um bom pai (que foi um rei que
serviu ao Senhor), foi capaz de tanta abominação, nós também somos. Nosso
coração é tão pecaminoso como o de Manassés. Também cometemos idolatrias
adorando outros deuses tais como: nós mesmos, dinheiro, pessoas do mundo artístico
ou esportivo, e outros mais. Também
profanamos o culto a Deus, trazendo uma adoração que não O honra. E podemos
queimar nossos filhos nos altares do mundanismo, materialismo e consumismo.
Vamos estar alertas para o nosso coração.
Deus enviou Sua disciplina
para corrigir o rei. O grande império Assírio foi usado por Deus como a vara
para disciplinar Seu povo. Manassés foi dominado pelo exército assírio, preso
com ganchos pelo nariz, foi amarrado com
algemas de bronze e levado para a Babilônia.
Isso nos deve
alarmar, pois o que plantamos colhemos. De Deus não se zomba. O juízo
disciplinador de Deus virá se não houver arrependimento. Deus pode usar os poderes
mundanos para nos corrigir com uma disciplina humilhante e dolorosa.
Mas a história
não terminou aí, começou a segunda parte do reinado de Manassés. Quando estava
em angústia, Manassés se arrependeu e
clamou ao Senhor. E Deus ouviu sua oração de arrependimento e o restaurou, e lhe
deu a oportunidade de reparar os seus erros.
Esta parte da
história nos anima. Podemos evitar a disciplina de Deus praticando o arrependimento
antes que a disciplina chegue. Mas se isso não acontecer, Deus é tão misericordioso
que enviará sua correção, para que ainda tenhamos tempo de arrependimento e não
venhamos a perecer completamente.
Se Deus não
tivesse enviado a disciplina, Manassés teria continuado no seu reinado cometendo
todas as abominações até que a morte chegasse, e ele não teria tempo para
arrependimento. A disciplina é a manifestação da graça de Deus. Esta disciplina
deve nos levar ao arrependimento, e quando este ocorre, Deus nos perdoa e
restaura. Isso nos anima!
Que o pecado de
Manassés nos alerte a sermos vigilantes, que a disciplina que ele sofreu nos
alarme para corrigir nosso pecado, e que seu arrependimento nos anime para
confiar na graça de Deus.
Um comentário:
É verdade! Não somos nem pior ou melhor do que este rei.Deus estar sempre nos livrando das adversidades mais não somos capazes de ser gratos,lhe retribuindo pelo menos com confiança, obediência e respeito. Ajuda Senhor, para que não sejamos ingratos com o Senhor...
Postar um comentário