Assombrado
por notícias de crises e problemas, um novo ano se aproxima. A aterrissagem de
2015 está sendo um tanto turbulenta e a decolagem de 2016 prenuncia incertezas
durante a viagem. Mas não é preciso ter medo, entre tantas notícias
assustadoras há uma boa.
Qual é essa boa nova capaz de afastar o medo diante de presságios
agourentos? Ela foi dada há mais de dois mil anos e está narrada no evangelho
de Lucas 2.10,11:
Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será
para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é
Cristo, o Senhor.
Estas palavras foram dirigidas a um
grupo de pastores na noite em que Jesus nasceu. Eles estavam nos arredores da
pequena cidade de Belém guardando as ovelhas que seriam compradas e ofertadas
em sacrifício no templo em Jerusalém.
Os pastores de animais não eram pessoas bem quistas pela
sociedade da época. Havia uma hostilidade antiga entre agricultores e pastores,
pois os animais destes atrapalhavam as atividades daqueles. Por isso os que
cuidavam de animais tinham que viver nas terras menos férteis e até desertas.
Além disso, por causa da desonestidade de alguns, os pastores eram considerados
não confiáveis e impuros pelos religiosos da época.
Mas a graça de Deus escolheu essa gente desprezada para
ouvir em primeira mão essa boa nova. E olha que havia outras tantas pessoas
mais consideradas por aquela sociedade!
Se pararmos para pensar, verificamos que o mesmo aconteceu
conosco. A boa notícia da salvação chegou a nós e não a outros. E há tanta
gente nesse mundo que ainda não ouviu o evangelho! Tanta gente que parece ser
melhor do que nós!
Os pastores não
estavam buscando esta notícia. Seguiam sua rotina, protegendo as ovelhas para
que ladrões ou feras não as roubassem e devorassem. Queriam mantê-las sadias e
bem alimentadas para conseguirem um bom preço na venda delas. A iniciativa foi
divina. A notícia lhes veio como um
presente inesperado, em um embrulho muito bonito, apesar de assustador!
Na escuridão daquela noite brilhou a luz da glória do
Senhor. Sozinhos, receberam uma visita angelical: o anjo do Senhor e a glória
do Senhor desceu dos céus até onde eles estavam. Quanto privilégio!
Assim também conosco. Seguíamos nossa vida mais preocupados
com os afazeres temporais. No entanto, em dado momento, Deus a invadiu de uma
forma graciosa e surpreendente e nos fez ver que há outra realidade, mais
importante e determinante, a realidade celestial!
Os pastores vigiavam por turnos, então é provável que
alguns estivessem dormindo. Que susto! O medo se apodera deles. O que estaria
acontecendo?
Mas anjo lhes anuncia uma boa notícia. Não era para ter
medo. Uma notícia que iria produzir alegria. O Salvador, nasceu. O título “Salvador”
era usado pelos pagãos para os reis e no Antigo Testamento para Deus e os
governantes que Ele escolhera para libertar Seu povo.
Este Salvador era o Cristo, isto é o Messias, aquele Ungido
prometido para trazer o Reino de Deus para o povo. Era também o Senhor, o
próprio Deus nascendo neste mundo. Quantos títulos sublimes! Se não estivessem
tão surpresos e assustados, os pastores talvez perguntassem: em que palácio encontraremos
esse personagem tão ilustre? Será que nos permitiriam visitá-lo?
Não seria num palácio, mas numa casa, ou melhor, no lado de
fora de uma casa, onde eram recolhidos os animais. O correspondente hoje à uma
garagem.
Quando um bebê nascia, era costume cortar o umbigo, lavar
com água, esfregar o seu corpo com sal e envolve-lo em faixas (Ezequiel 16.4).
Isso foi feito com aquele rei. Mas a surpresa foi o seu berço: uma manjedoura,
isso é um cocho, um recipiente, entalhado em madeira, onde os animais comiam. O
sinal era que o sublime chegou de forma humilde.
Surge um imenso coral, como o mundo nunca antes havia
ouvido! O tema de seu cântico era: Glória e Graça.
Glória a Deus, nas maiores alturas. Que Deus seja louvado de modo sublime. Que
Ele seja colocado no lugar mais alto da adoração. Pois a paz chegou na terra
para as pessoas a quem Deus escolheu manifestar Sua graça.
A paz é resultado da restauração do relacionamento entre
Deus e os homens. A inimizade causada por nosso pecado é afastada. A guerra
terminou, o reconciliador chegou. Mas essa paz se realiza e se manifesta por
iniciativa divina, sobre aquelas pessoas que Deus ama, que Ele contempla com
Seu favor. Essa paz é resultado da graça
soberana de Deus, não de algo que os homens tenham feito.
Glória a Deus, pois Sua graça veio sobre nós.
Recebamos 2016 sem medo, pois antes dele, chegou o Senhor e
Salvador Jesus Cristo que trouxe a salvação e a paz, pela inciativa soberana e
graciosa de Deus.
2 comentários:
Oremos para que o SENHOR nos conceda um ano de muitas e ricas bênçãos.
Enchendo nossos corações de fé e esperança
Uma mensagem muito especial e, perfeitamente adequada para a ocasião em que, todos nós devemos "pausar" e refletir, meditar.
Felicidades
Josuel
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