Boas
notícias nem sempre são bem aproveitadas.
Foi dito a alguém que receberia uma correspondência contendo
instruções quanto a um prêmio. Quando a carta chegou, o destinatário estava
muito ocupado resolvendo certos problemas, colocou-a de lado para ler depois. O
tempo passou e, envolvido em outros afazeres, esqueceu. Um dia, alguém lhe
perguntou sobre o prêmio, então lembrou-se da carta. Tendo encontrado, verificou
com tristeza que o prazo para a entrega do prêmio havia se esgotado.
Por desinteresse, incredulidade,
preguiça, falta de tempo e outras razões, podemos deixar de desfrutar as boas
notícias.
Os pastores de Belém aproveitaram a boa notícia que lhes
foi dada naquela noite do nascimento de Jesus (Lucas 2.8-20). Quando ouviram o
evangelho do nascimento do Salvador, eles tomaram uma decisão: vamos
até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer.
Queriam verificar a informação, não ficaram alheios nem
indiferentes. Foram atestar pois desejam ir além do ouvir falar. Puderam ver
que os fatos comprovavam as palavras e que as palavras explicavam o sentido dos
fatos.
A boa notícia da salvação exige uma reação de nossa parte.
Algumas pessoas gostam de ouvir, mas ficam apenas nisso. Ouvem, gostam,
comentam, mas não verificam os acontecimentos. Não se apropriam da oferta do
evangelho. Como um doente que ouve que certo remédio pode curá-lo, mas nunca o
experimenta. Se você tem ouvido o
evangelho, mas nunca foi até Cristo para comprovar a verdade da salvação, você
está perdendo a boa notícia.
Os pastorem fizeram isso com urgência. Eles foram
apressadamente. Não esperaram o dia amanhecer. Não argumentaram dizendo: já é
tarde, nós estamos cansados, a mãe do menino está de resguardo, na próxima
semana a gente vai. A notícia era boa demais para ser deixada para depois.
Algumas pessoas adiam sua decisão de seguir a Cristo. Têm outras prioridades no
momento. Acreditam que ainda terão muito tempo. Mas ninguém sabe quanto tempo
ainda lhe resta. É preciso urgência, o tempo é hoje.
Depois de comprovar os pastores divulgaram a notícia. Não
guardaram apenas para si, mas compartilharam com outros. É natural contar a outros sobre aquilo que nos
fez bem. Quando experimentamos um tratamento que ajudou em nossa saúde,
informamos as pessoas que têm o mesmo problema. Quando encontramos um
profissional que nos fez um bom serviço, indicamos para pessoas que estão
precisando. E assim por diante. Então, quando experimentamos o evangelho, é
natural que o partilhemos com aqueles que ainda não o conhecem.
Outra reação que o evangelho produziu nos pastores foi a
adoração. Eles glorificaram e exaltaram a Deus por tudo que lhes fora
anunciado. A vida deles havia sido mudada. Não eram mais simples pastores, mas
pessoas que conheciam o Salvador. Que privilégio! Foram agraciados com o maior
e mais necessário de todos os conhecimentos: a notícia da salvação. Tinham a
maior das riquezas. A reação mais apropriada era a adoração.
Por isso os salvos cultuam. Prestar culto é reconhecer a
imensa bondade e poder de Deus em nos alcançar com a salvação através de Jesus
Cristo. O culto é consequência de conhecer a Deus, sua graça e sua salvação.
Desinteresse em adorar é sinal de falta de apreço pela salvação.
Mas quero destacar outra reação, a de Maria, que meditava
essas coisas em seu coração. Ela guardou com cuidado e foi juntando os
acontecimentos para entender cada vez mais. O evangelho não pode ficar na
superficialidade de nossa vida. É uma notícia com muita profundidade. Por isso,
deve ser pensada e meditada para ser cada vez mais compreendida e desfrutada.
Alguns ficam apenas nas beiradas do evangelho, não adentram para conhecer sua
riqueza. Pobremente desfrutam apenas migalhas, diante de uma mesa farta para
toda eternidade. Pense, medite, raciocine sobre o evangelho. Leia cada vez mais
a Palavra, pedindo que Deus lhe oriente e aprofunde-se no conhecimento d’Ele.
O pastor Jenuam Lira compartilhou uma experiência que
ilustra isso. Quando esteve no Havaí, teve a oportunidade de fazer um passeio a
beira mar para ver baleias fazendo evoluções na água. Todos que estavam no
ônibus se encantavam e vibravam, menos um: o motorista. Ele estava tão
acostumado com aquela cena, que não via graça nenhuma.
Isso pode acontecer conosco. Podemos ficar tão
familiarizados com a graça do evangelho, que ele se torna sem graça para nós, como
se perdesse a graça. É isso é uma desgraça. Meditemos na mensagem, pois iremos
ver que ela tem graça sobre graça.
Que neste ano de 2016 possamos aproveitar com profundidade
a boa notícia do evangelho!
2 comentários:
Amém, que todos nós possamos seguir,crescendo em conhecimento de Cristo,até que possamos estar vazios de nós, e que a graça seja pra nós sempre o motivo da nossa alegria.
Amém, que todos nós possamos seguir,crescendo em conhecimento de Cristo,até que possamos estar vazios de nós, e que a graça seja pra nós sempre o motivo da nossa alegria.
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