O
que fazer quando a vida é triste? Quando nossa rotina é entremeada de choro e
tristeza? O que fazer quando o sofrimento predomina em nosso caminhar aqui?
No
salmo 126 o peregrino cantou a resposta para essas perguntas. Este é um salmo de alegria, clamor e
esperança em meio à tristeza. Ele nos mostra duas atitudes que devem ser
tomadas quando o presente é de aflição: olhar para o passado e olhar para o
futuro.
Olhar
para o passado com o propósito de recordar o que Deus já fez. O salmista se
reporta ao retorno dos exilados de Sião. Ele lembra quando Deus livrou Israel
do cativeiro e o trouxe de volta para sua terra, mudando a sorte da nação.
A lembrança não
foi apenas mental, mas também uma rememoração da alegria sentida naquela
ocasião. “Ficamos com quem sonha. Então encheu-se de riso nossa boca e nossa
língua de gritos de júbilo”. Aquela ocasião tinha sido tão maravilhosa que
parecia um sonho. Ressentindo as emoções da ocasião da restauração, o salmista
diz “Foi como um sonho! Como rimos! Como cantamos de alegria!”.
Algumas vezes
as ações de Deus são tão surpreendentes que pensamos estar sonhando, como
ocorreu com a Igreja de Atos, na ocasião do livramento de Pedro (Atos 12.9).
Quando
embriagados pela tristeza, tornemos à sobriedade recordando e recitando as
bênçãos que Deus já derramou sobre nós. Estas lembranças reproduzem a alegria
sentida quando aquelas bênçãos foram derramadas. A recordação e a recitação das
bênçãos divinas podem renovar nossa alegria.
Quando a nota
dominante da nossa canção for a dor e o gemido podemos encontrar forças para
continuar cantando se recordarmos que a alegria é fruto da ação graciosa de
Deus e não algo a ser exigido pelo ser humano.
O peregrino
proclama que a ação salvadora de Deus foi a causa de sua alegria. Quando o
SENHOR restaurou.., então a nossa boca se encheu de júbilo. As manifestações de
júbilo e os cânticos de alegria dos salmistas sempre ocorrem diante dos atos
salvadores de Deus.
Muitas vezes
pensamos encontrar a alegria nos divertimentos deste mundo, ou nas conquistas
pessoais e terrenas. Mas a verdadeira alegria é resultado da ação salvadora de
Deus em nossas vidas. O fato de Deus ter agido através de Jesus Cristo para nos
libertar do cativeiro da corrupção e da condenação eterna deve encher nossa
boca de um riso alegre e jubiloso. Pois não há bênção maior do que essa.
O Senhor Jesus
nos ensinou esta mesma nota de forma bem sonante. Certa feita, seus discípulos
retornam rejubilando porque tinham sido bem sucedidos na missão que lhes fora
dada, Jesus reagiu dizendo assim: Não obstante, alegrai-vos, não porque os
espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus. (Lucas 10.20). Ter o nome escrito nos
livro da vida nos céus deve ser a causa maior de nossa alegria.
A salvação que nos foi graciosamente doada por Deus
deve ser lembrada em nossos momentos de tristeza, e essa lembrança deve ser
suficiente para nos levar à alegria.
Podemos
pintar de cores alegres o quadro de nossa vida, testemunhando as bênçãos
recebidas, mesmo quando a paisagem maior for uma seca desoladora, que nos deixa
solitários. Isso engrandecerá o nome de Deus entre as pessoas.
A
ação salvadora de Deus não apenas produziu alegria no Seu povo como também
tornou conhecido Seu nome entre as nações. “Então se dizia entre as nações, o
SENHOR fez grandes coisas por estes”.
Quando
recordamos e contamos as bênçãos de Deus, renovamos nossa alegria e anunciamos
quão grande e bom é nosso Deus.
Em momentos de
tristeza, enxugue suas lágrimas com os lenços das recordações alegres, traga à
memória as bênçãos de Deus. Além de se alegrar você testemunhará.
2 comentários:
É gratificante recordar as bençãos de Deus em nossa vida. Por incrível que pareça meu querido Pastor, hoje à tarde com a irmã Helena e Nicinha relembramos com saudosa alegria alguns momentos vividos em conjunto, louvando ao Senhor, relembrando alguns cânticos que nos fizeram chorar e ao mesmo tempo sorrir e comentávamos que em tudo isto Deus nos conduziu em segurança, e agora a anoite leio tua meditação, exatamente nos mostrando que "recordar, também é viver" principalmente quando confiamos em um Deus verdadeiro.
Grande abraço
É interessante a sensibilidade de recordar o passado, o que Deus fez por nós. Lembrar do passado é instrumento pelo qual podemos ser gratos eternamente a Deus, pelo fato de nos ter dado a vida eterna em Cristo Jesus, sem merecermos. Obrigado Pastor Almir pela reflexão, Deus o abençoe.
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