Os crentes mais dedicados têm o costume de semanalmente ir à Igreja. Alguns vão até mais de uma vez. Por conta da rotina, a ida ao culto pode tornar-se enfadonha e cansativa. Apenas mais um item na agenda, para ser cumprido como uma obrigação. Mas o peregrino não tinha esta atitude, para ele ir ao culto era motivo de exclamar: Como fiquei alegre quando me lembraram que era tempo de ir para casa do Senhor (Sl 122.1). Uma das razões para esta alegria entusiasmada era que o culto funcionava como uma audiência com o Rei do Universo. Esta verdade é expressa em 1 Cr 16.29-33.
Este texto faz parte de um cântico que é uma coletânea de trechos de outros salmos (versos 8-22 no Sl 105.1-15; versos 23-33, Sl 96; e versos 34-36, Sl 106.1,47,48). Foi cantado no dia em que a arca foi transferida pelo rei Davi para Jerusalém (1 Cr 16.1-6). A arca era símbolo da presença e reinado de Deus (Nm 7.89; 2 Cr 6.41). Jerusalém era a capital do Reino de Deus na terra. O tabernáculo era o palácio de Deus, os Santos dos Santos era sala do trono, a arca era símbolo do Seu trono (Sl 99.1).
Os levitas eram os ministros do Rei trabalhando em Seu Palácio. Cuidavam da portaria, cânticos, auxílio com a guarda, limpeza dos móveis e instrumentos, etc. Independente do serviço desempenhado, estar diante da arca era o mesmo que estar na presença de Deus, e isto era um grande privilégio. Estariam servindo ao Rei do universo. Neste mesmo dia Davi encarregou alguns deles de cuidarem da música (16.4,7). Este salmo funciona como uma ordem para o serviço musical.
A confissão, gratidão e louvor pelo Reino de Deus era uma constante no culto de Israel (Sl 9.7; 10.16; 22.28; 24.10; 47.7,8; 93.1,2; 95.3; 97.1; 99.1; 103.19; 146.10; Lm 5.19). Deus estava reinado sobre o mundo, não apenas sobre os homens, mas sobre toda a natureza. Esta crença deve ser mantida pela Igreja (1 Tm 1.17). Deus é Rei, Ele é o Soberano Governante neste mundo (Ap 1.5). Por isto Ele deve ser cultuado com alegria e louvor.
Neste reinado Ele tem permitido a rebeldia, mas tanto a mantêm sob controle (Sl 2.4), como faz uso dela (2 Rs 19.25), aguardando o arrependimento dos revoltosos. Nabucodonozor é um exemplo disto (Dn 4). Um dia Ele acabará com todos os focos de revolta (Sl 2.5). Todos reconhecerão quem de fato manda no universo. Por isso, além de cantar que Deus é Rei, Israel também cantava que Deus seria Rei, isto é, Ele ainda iria julgar (governar) o mundo de modo visível e reconhecido por todos (Ex. 15.18;1 Cr 16.33; Sl 22.29-31). Nosso culto também deve celebrar o fato de que Deus um dia assumirá publicamente Seu Reinado neste mundo. Como Handel, podemos cantar:
Aleluia, pois o Senhor Deus Onipotente Reina!
O reino deste mundo se tornou do nosso Senhor e do Seu Cristo.
E Ele reinará para sempre.
Rei dos reis e Senhor dos senhores. Aleluia.
(Ap 11.1519.6,16)
Cultuar é ter uma audiência com o Rei. É a celebração alegre dos súditos por receberem a visita de um soberano amado e admirado. Ainda hoje quando um governante visita uma cidade de seu país, os cidadãos que o apóiam e admiram ficam nas calçadas das ruas para saudá-lo, aplaudi-lo, manifestando a alegria por seu governo. Assim funcionava o culto para Israel: diante do Rei expressariam a alegria pelo Seu governo, pela bênção de serem seus súditos.
A vitória de um candidato político produz alegria nos seus partidários. Presenciamos isto nas recentes eleições municipais em nosso país, e nas eleições presidenciais norte-americanas. Os eleitores dos vencedores festejaram em passeatas, choraram emocionados, cantaram com suas bandeiras, e gritaram seus slogans, com muita vibração. As motivações destas alegrias podem sem variadas: a conquista de uma posição pessoal, a vingança contra um inimigo, a oportunidade de mudar situações, e a esperança de mais prosperidade, paz e justiça. Não há garantias de que esta alegria perdurará. Pode até ser que ela se transforme em frustração.
Nós cristãos temos motivos bem superiores para se alegrarem, com uma alegria que durará para sempre: Deus reina.
Quando lembrar que precisa ir ao culto, não o faça com enfado, ou tristeza, ou mesmo com um senso de obrigação apenas. Mas se alegre, regozije-se, você está indo para uma audiência com Rei do Universo.
Este texto faz parte de um cântico que é uma coletânea de trechos de outros salmos (versos 8-22 no Sl 105.1-15; versos 23-33, Sl 96; e versos 34-36, Sl 106.1,47,48). Foi cantado no dia em que a arca foi transferida pelo rei Davi para Jerusalém (1 Cr 16.1-6). A arca era símbolo da presença e reinado de Deus (Nm 7.89; 2 Cr 6.41). Jerusalém era a capital do Reino de Deus na terra. O tabernáculo era o palácio de Deus, os Santos dos Santos era sala do trono, a arca era símbolo do Seu trono (Sl 99.1).
Os levitas eram os ministros do Rei trabalhando em Seu Palácio. Cuidavam da portaria, cânticos, auxílio com a guarda, limpeza dos móveis e instrumentos, etc. Independente do serviço desempenhado, estar diante da arca era o mesmo que estar na presença de Deus, e isto era um grande privilégio. Estariam servindo ao Rei do universo. Neste mesmo dia Davi encarregou alguns deles de cuidarem da música (16.4,7). Este salmo funciona como uma ordem para o serviço musical.
A confissão, gratidão e louvor pelo Reino de Deus era uma constante no culto de Israel (Sl 9.7; 10.16; 22.28; 24.10; 47.7,8; 93.1,2; 95.3; 97.1; 99.1; 103.19; 146.10; Lm 5.19). Deus estava reinado sobre o mundo, não apenas sobre os homens, mas sobre toda a natureza. Esta crença deve ser mantida pela Igreja (1 Tm 1.17). Deus é Rei, Ele é o Soberano Governante neste mundo (Ap 1.5). Por isto Ele deve ser cultuado com alegria e louvor.
Neste reinado Ele tem permitido a rebeldia, mas tanto a mantêm sob controle (Sl 2.4), como faz uso dela (2 Rs 19.25), aguardando o arrependimento dos revoltosos. Nabucodonozor é um exemplo disto (Dn 4). Um dia Ele acabará com todos os focos de revolta (Sl 2.5). Todos reconhecerão quem de fato manda no universo. Por isso, além de cantar que Deus é Rei, Israel também cantava que Deus seria Rei, isto é, Ele ainda iria julgar (governar) o mundo de modo visível e reconhecido por todos (Ex. 15.18;1 Cr 16.33; Sl 22.29-31). Nosso culto também deve celebrar o fato de que Deus um dia assumirá publicamente Seu Reinado neste mundo. Como Handel, podemos cantar:
Aleluia, pois o Senhor Deus Onipotente Reina!
O reino deste mundo se tornou do nosso Senhor e do Seu Cristo.
E Ele reinará para sempre.
Rei dos reis e Senhor dos senhores. Aleluia.
(Ap 11.1519.6,16)
Cultuar é ter uma audiência com o Rei. É a celebração alegre dos súditos por receberem a visita de um soberano amado e admirado. Ainda hoje quando um governante visita uma cidade de seu país, os cidadãos que o apóiam e admiram ficam nas calçadas das ruas para saudá-lo, aplaudi-lo, manifestando a alegria por seu governo. Assim funcionava o culto para Israel: diante do Rei expressariam a alegria pelo Seu governo, pela bênção de serem seus súditos.
A vitória de um candidato político produz alegria nos seus partidários. Presenciamos isto nas recentes eleições municipais em nosso país, e nas eleições presidenciais norte-americanas. Os eleitores dos vencedores festejaram em passeatas, choraram emocionados, cantaram com suas bandeiras, e gritaram seus slogans, com muita vibração. As motivações destas alegrias podem sem variadas: a conquista de uma posição pessoal, a vingança contra um inimigo, a oportunidade de mudar situações, e a esperança de mais prosperidade, paz e justiça. Não há garantias de que esta alegria perdurará. Pode até ser que ela se transforme em frustração.
Nós cristãos temos motivos bem superiores para se alegrarem, com uma alegria que durará para sempre: Deus reina.
Quando lembrar que precisa ir ao culto, não o faça com enfado, ou tristeza, ou mesmo com um senso de obrigação apenas. Mas se alegre, regozije-se, você está indo para uma audiência com Rei do Universo.
6 comentários:
Bom artigo. Como é fácil inverter este quadro e agir com a mentalidade que nós somos a "plateia".
A intensidade emocional de nossa adoração tem a ver com o amor que temos por nosso Senhor. Quando chegamos a sua presença, demonstramos quem ele é para nós e quanto ele tem valor para nós no interesse e na reverência rendida a Ele nos cultos.
Nestes dias turbulentos e atarefados que vivemos, fica muito fácil estabelecer que ir à igreja é mais um item da agenda semanal.
Mas esta nunca foi a intenção do Senhor! E nem deve ser a nossa.
Parabéns por este texto.
Excelente meditação, por isso quando vamos ao culto (audiência) devemos ter em mente o privilégio de ser convidado ou acesso para esta ao audiência com o rei. Audiência para poucos, porém de grande importância,foi necessário alguem morrer.
abraço, Pastor Almir Marcolino Tavares.
Gilcimar Vieira
Nós temos um papel principal aqui na terra, é honrar e dar glórias a Deus, quando vamos á casa do Senhor cultuar estamos cumprindo este papel, demostrando o nosso amor por Ele, e pelo sacrifício de Jesus na cruz. Cada cristão deve buscar à Deus e fazer a devida reverência diante dele como o Rei que Ele é, isto é cultuar, colocando o Senhor em primeiro lugar e em todo tempo que estamos aqui na terra.
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