terça-feira, 25 de agosto de 2009

MOTIVOS PARA CULTUARMOS COM ALEGRIA


Algumas vezes vamos ao culto por pura obrigação, não encontramos motivos para adorar com alegria. O versículo “Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor”, não pode ser aplicado à nossa vida nestes momentos. Não achamos motivos para nos alegrar, seja por causa de acontecimentos tristes, ou até por causa da rotina e apatia que toma conta de nós. O culto passa a ser mais um item na agenda. Mais uma tarefa a ser desempenhada apenas para satisfazer a consciência ou para manter as aparências. Gostaria de apresentar algumas razões para cultuarmos com alegria, mesmo quando as circunstâncias de nossa vida pessoal não são alegres.

Certa feita Jesus enviou seus discípulos para anunciar o evangelho, e eles voltaram cheios de alegria por que os demônios haviam se submetido a eles. Jesus lhes diz que o motivo maior de alegria deles não deveria ser o fato dos demônios se submeterem a eles, mas sim que seus nomes estavam escritos nos céus (Lc 10.1,17-20). Jesus indica que nossa maior alegria não deve ser o que fazemos, mesmo o que fazemos em nome de Jesus, mas o que Deus fez por nós. A nossa salvação é mais importante do que possuir poderes sobrenaturais. Foi esta alegria que encheu o coração do eunuco, ter entendido o evangelho, crer em Cristo e ser salvo (At 8.39).

Nosso ministério pode ter “altos e baixos”. Ora podemos realizar obras impressionantes, em outras ocasiões os resultados não serão tão aparentes. Mas há uma bênção imutável, que não depende das circunstâncias, porque não depende de nosso sucesso, mas da graça de Deus: a nossa salvação, o nosso nome escrito no livro dos cidadãos celestiais. Isto deve nos alegrar. Mesmo que a vida não aparente estar boa, mesmo que as circunstâncias sejam difíceis e até tristes, mesmo que o sucesso não seja percebido aqui, há motivo para irmos ao culto e nos alegrarmos: Deus escreveu nosso nome nos céus, por causa da obra de Jesus. Estamos garantidos nos registros celestiais.

Outra razão para nos alegrarmos é o arrependimento das pessoas. Jesus deixou isto claro quando disse que até os céus se alegram quando um pecador se arrepende (Lc 15.7,10). Mesmo quando estas conversões não estão ocorrendo em nosso meio imediato, mas em outros povos nós devemos nos alegrar. Foi esta a atitude dos discípulos nas províncias da Fenícia e Samaria, quando souberam que os gentios estavam sendo convertidos (At 15.3). Barnabé se alegrou em ver a obra de Deus avançando firme na cidade de Antioquia (At 11.23). Nossos cultos podem ter momentos missionários onde o avanço da obra de Deus no mundo é noticiado, e isto deve nos alegrar.

As pessoas que se convertem e seguem a verdade devem ser motivos de alegria. Paulo diz que sua alegria era os filipenses (Fp 4.1), e os tessalonicenses (1 Ts 2.19,20). O motivo que fazia com que ele se alegrasse era o fato de que estas pessoas estavam seguindo o Senhor Jesus Cristo, e compareceriam junto com ele diante de Deus. A obediência dos crentes em Roma (Rm 16.19) e o arrependimento dos crentes em Corinto lhe causaram alegria (2 Co 7.9,13). O apóstolo João declara a mesma verdade quando diz que não tem maior alegria do que ver os seus filhos andando na verdade (3 Jo 1.3,4; 2 Jo 1.4). Ir ao culto e testemunhar pessoas salvas seguindo a verdade deve nos encher de alegria. Podemos nos alegrar com a vitória que Deus está concedendo a nossos irmãos. E a maior vitória é ver que eles estão prosseguindo firme nos caminhos de Deus.

Um motivo não muito considerado nesta nossa época é o sofrimento por causa do evangelho. Jesus ensinou isto, mostrando que quem sofre por causa da justiça terá uma grande recompensa no céu (Mt 5.12; Lc 6.23). Este ensino foi bem assimilado pelos primeiros discípulos, que se alegraram, depois de apanharem por causa do evangelho, considerando isso uma honra (At 5.40,41). Paulo se alegrava com a expectativa de ser sacrificado por causa da fé. Ele considerava isto como uma oferta de libação a Deus, e convidou os filipenses a se alegrarem por isso também (Fp 2.17,18). Para ele, sofrer por causa das pessoas a quem o evangelho estava sendo pregado era participar dos sofrimentos de Jesus Cristo (Cl 1.24). Somos exortados a termos a mesma atitude (1 Pd 4.12-14).

Numa exposição de artigos da segunda guerra dois diários foram apresentados. Ambos tratavam de eventos do mesmo dia: o desembarque na Normandia, o dia principal para a vitória dos aliados. Um dos diários era de um soldado da infantaria, que viu muitas mortes, e escreveu no seu diário: dificilmente venceremos esta guerra. O outro diário era de um aviador. Ele havia visto como estava a guerra mais no interior do continente europeu, e a destruição que estava ocorrendo nos exércitos inimigos, este escreveu: com certeza vamos vencer esta guerra. Era a mesma guerra. A diferença era de perspectiva. Um observava do chão, o outro do alto. E isto fez a diferença na atitude. Eleve-se, e veja a vida do ponto de vista de Deus. A realidade não é apenas o que está acontecendo a sua volta. O reino de Deus inclui muito mais. E a guerra está sendo ganha.

Vá para o culto, e adore com alegria, você tem muitos motivos para isto: você foi salvo; outras pessoas estão sendo salvas; há vários crentes resistindo firmes na fé; o sofrimento é por uma causa eterna e vitoriosa. Alegre-se.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pastor Almir quero permissão para botar esse artigo no blog da igreja e no editorial. ok?

A palavra de Deus é muito especial. Saudades .
Fabiano!

nenhum disse...

Amado irmão, pode fazer uso deste material, sempre que for para edificar a Igreja de Cristo. Um abraço

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