terça-feira, 23 de agosto de 2011

JESUS ESTÁ EM VOCÊ?


Fazer uma prova, passar por um exame, ou realizar um teste, provocam várias reações. Estas vão da excitação ao trauma, passando pelo desconforto, constrangimento, insegurança, medo, tremor, suador, desespero, e assim por diante. Mas, não há como viver, e não ser testado. Começamos a vida fazendo o teste do pezinho, e não paramos mais. São provas nas escolas, exames médicos, testes de nervos, etc.

Há os testes que os outros nos impõem e aqueles que nós mesmos escolhemos realizar para provarmos nossas qualidades. Há, também, o auto-exame, a análise que fazemos de nós mesmos visando avaliar como estamos em determinada área da vida. Verificamos nossos sentimentos, propósitos, motivações, saúde, e outros aspectos. Este é o exame mais constante. Acredito que o realizamos todos os dias, em menor ou maior grau.

Certas mudanças em nossas vidas são resultados de auto-exames. Observamos, refletimos, analisamos certos aspectos de nossa vida, concluímos que não estão bem, e decidimos mudar. Nem sempre acertamos, mas esta auto-análise é necessária para se viver de modo pensado. Quando isso não ocorre, simplesmente somos levados, sem saber para onde, nem por quem, nem por que e nem para quê.

A falta de auto-exame pode trazer conseqüências perigosas. Quando a pessoa não observa seu corpo, pode não se dar conta de problemas de saúde, que se detectados a tempo, teriam cura. Quando não analisa sua condição financeira, pode assumir compromissos que a deixarão numa situação complicada. Quando não examina seu comportamento, poderá tomar atitudes que afetem sua vida de modo drástico e até irreversível.

Mas há um auto-exame que é crucial não apenas para esta vida, mas, também, para a eternidade. É a análise da nossa condição espiritual. Várias vezes a Bíblia nos exorta a fazê-lo.

Em Gálatas 6.3,4 diz: Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana. Mas prove cada um o seu labor e, então, terá motivo de gloriar-se unicamente em si e não em outro. Neste texto somos exortados a examinar ou testar o nosso trabalho, para não nos enganarmos. Quando o padrão de nossa auto-avaliação se baseia na maneira como os outros vivem, corremos o risco de ter um conceito próprio elevado e irreal. Isto é auto-engano. Como um aluno que se dá por satisfeito por ter conseguido uma nota sete, já que os outros alunos da classe tiveram uma nota menor. O critério de avaliação não deve ser a vida das outras pessoas, mas nossa própria vida comparada com a vontade de Deus.

Já em 1ª Coríntios 11.28 diz: Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão e beba do cálice. 7-31 Olhando o contexto (versos 27-31) notamos a exortação ao auto-exame para participar da ceia do Senhor. Quando fazemos nossa auto-análise, não corremos o riso de participar da da ceia sem estar em condições dignas. Evitamos uma participação ritualista e leviana, que não consegue discernir o significado e propósito da ceia. Evitamos o julgamento do Senhor, que pode chegar com doença e morte.

Em 2ª Coríntios 13.5 é dito: Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé, provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados. O apóstolo Paulo, após se defender das acusações e questionamentos feitos ao seu ministério, quando a igreja de Corinto testava o seu apostolado, diz que os irmãos é que deveriam testar se eles mesmos estavam na fé. Se, de fato, Jesus Cristo estava neles. Se Jesus não estivesse neles, então, não teriam passado no teste, estavam reprovados, desqualificados.

O exame da fé é essencial. A possibilidade do auto-engano existe e é grande. A igreja de Sardes tinha fama de viva, mas era morta (Ap 3.1). A igreja de Laodicéia se achava rica, abastada e não necessitada, mas era infeliz, miserável, pobre, cega, e nua (Ap 3.17). Jesus estava do lado de fora desta igreja (Ap 3.20).

Uma das formas de nos enganarmos é apontando os erros de outros, ou mesmo os difamando, como ocorria na igreja de Corinto. Condenar os outros é uma tática para esconder nosso pecado, ou mesmo diminuí-lo e desculpá-lo.

Devemos nos avaliar, não pela opinião dos outros, não pela fama já conquistada, não pelos valores do mundo, e sim pela Palavra de Deus. Procurar os sinais da presença de Jesus em nossas vidas. Verificar se nossa sabedoria apresenta os sinais de ser divina e não mundana (Tg 3.13-18). Analisar se temos o testemunho do Espírito Santo em nossa vida (Rm 8.9,16). Observar se amamos os irmãos (1 Jo 3.14). Examinar se praticamos a justiça (1 Jo 3.7). Testar se nosso ensino é o correto (1 Jo 4.1-3).

Se o resultado do auto-exame não for a aprovação, devemos fazer as mudanças necessárias, clamando a ajuda e a misericórdia divinas. Antes do exame final, vamos nos auto-examinar.


2 comentários:

Eliane Vieira disse...

Excelente texto! Ontem mesmo estava a fazer isso: auto-análise. Infelizmente há sempre tanta coisa pra mudar...

Antonio Marcolino Tavares. disse...

Maravilhoso e oportuno esse texto.
Estamos fazendo uma apresentação em (pps) do mesmo.
Deus continue te abençoando e te enchendo do Seu Espirito Santo.
Abraços.

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