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O que fazer quando nossa fé não consegue explicar as injustiças da vida? O profeta Habacuque passou por situação semelhante, e testemunhou o que aprendeu. As perguntas de Habacuque ainda continua sendo as nossas perguntas. E a reação dele, deve também ser a nossa. Acesse o link abaixo para ouvir ou baixar a mensagem.
http://www.4shared.com/mp3/DFMLAkpL/o_livro_de_habacuque_n_01_-_pr.html?
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
AI, ACÃ E ACOR
Na
língua portuguesa o termo “ai” pode ser usado como uma interjeição, que na
maioria das vezes expressa dor, lamento ou queixa. Também pode funcionar como
um substantivo que, semelhantemente, indica dor, sofrimento ou desespero.
Já
na língua original do Antigo Testamento, a palavra tem o sentido de fragilidade
e ruína. Era o nome de uma cidade que ficava a leste de Betel, na terra de
Canaã. Cidade sem muita importância, pequena e fragilizada. Tanto é que os
observadores militares de Josué não viram necessidade de levar todo o exército
para conquistá-la (Js 7.3). Talvez por isso a chamaram de Ai, isto é “um montão
de ruínas”.
Estes
sentidos de dor e fragilidade podem ser enfatizados por um acontecimento que é
narrado em Josué capítulo 7.
O
povo de Israel havia ultrapassado o Rio Jordão e conquistado a antiga cidade de
Jericó. A próxima cidade era Ai. Josué enviou espias que relataram ser
necessário apenas poucos soldados para conquistarem a cidade. Mas, ai de
Israel! O improvável ocorreu! A pequena cidade fez o exército de Israel fugir.
Trinta e seis soldados israelitas foram feridos. Pior foi o resultado
psicológico: o coração do povo se derreteu (Js 7.4,5). O que antes estava
acontecendo com os inimigos de Israel, agora ocorria com o povo de Israel: o
medo fazia o coração desmaiar (Js 2.11; 5.1).
Diante
do fracasso, Josué e a liderança fizeram o que deveriam ter feito antes de
atacar a cidade, foram a Deus em oração (Js 7.6-9). Haviam confiado apenas na
sua avaliação militar, e não buscaram o conselho de Deus. Agora, arrependidos,
prostram-se diante do Senhor.
Deus
explica o que havia acontecido: Israel havia pecado, isto é, falhado em
continuar no alvo proposto por Deus. Este pecado é descrito como a violação da
aliança e ultrapassar os limites ordenados por Deus (Js 7.10,11). O escritor do livro já havia nos alertado para
esta situação no versículo 1º, quando disse que o povo de Israel prevaricou, isto
é, foi infiel, tal qual uma pessoa que adultera (Nm 5.12). E Deus ficara irado
com isso.
Mesmo
quando a luta é contra algo pequeno e fraco, se não houver obediência a Deus, a
derrota é certa. A desobediência faz a ruína mudar de lado. Neste caso, a cidade
fraca e arruinada, arruinou o povo de Israel, porque este já havia se arruinado
com seu pecado.
O
pecado específico foi o de ficar com as “coisas condenadas”, esta era uma
expressão para o que fora consagrado total e definitivamente a Deus. Esta consagração
se dava tanto através de uma doação para o uso no santuário, como através da
completa destruição do que fora consagrado. De qualquer maneira, aquilo que
fora votado a Deus ficava proibido para o uso comum. Ninguém poderia usar para
si mesmo.
No
caso de Jericó, o pecado daquela cidade a tornara tão abominável aos olhos de
Deus, que tudo deveria ser destruído, nada aproveitado, exceção da arrependida
Raabe e sua família. Tudo seria queimado, menos o que não era destrutível pelo
fogo, que iria para o tesouro de Deus. Quem desobedecesse à ordem, colocaria
sob maldição todo o povo de Israel. (Js 6.17-19).
Quem
havia cometido este pecado fora um homem chamado Acã. Este nome tem como raiz
um verbo que significa: atormentar, atribular, perturbar. Acã havia tirado o
sossego e a paz de Israel, com o seu pecado individual. Ele passou a ser
conhecido como o que perturbou Israel (2º Crônicas 2.7). Quem desobedece a
Deus, mesmo de forma oculta, traz problemas para o povo de Deus.
A
cidade de Jericó havia se colocado entre Deus e o Seu plano, por isso fora
condenada. Quando Acã roubou e escondeu o que fora condenado, o povo de Israel
se tornou condenado, pois também havia se colocado contra o plano de Deus. Era
necessário que Acã e os objetos roubados, fossem destruídos, para que a
condenação se afastasse de Israel (Js 7.12,13). Ficar contra o plano de Deus é perturbar
o povo Dele, e também é estar do lado dos que necessariamente serão destruídos.
Até então, o povo não sabia quem era o
culpado. Um sorteio foi ordenado, depois da santificação do povo, para que o
culpado fosse consagrado ou destinado à destruição, pois ele havia se apegado
ao que havia sido votado à destruição, e isto foi considerado por Deus como uma
loucura (Js 7.14,15). Apegar-se ao que Deus condenou é sujeitar-se à mesma
condenação.
Acã
confessa seu pecado, mas só depois de descoberto, quando não havia mais saída.
Então foi levado ao Vale de Acor, que significa: Vale da Perturbação ou Vale do
Problema. Ali, ele e sua família foram apedrejados, queimados e sepultados. O
homem que havia perturbado o povo com seu pecado, teve sua vida
irremediavelmente perturbada por Deus.
Acã
morreu com os bens que cobiçou e se apegou, mas que nunca desfrutou. O que é
adquirido com perversidade torna-se engano e perturba a vida (Provérbios
15.6,27). O perturbador encontrou como destino a perturbação (Josué 7.25).
Creio que, se houvesse arrependimento, o Vale de Acor teria sido para Acã um
vale de repouso e uma porta de esperança, conforme as promessas de Deus (Isaías
65.10; Oseias 2.15).
Deus
estava ensinando que a obediência às ordens Dele era absolutamente essencial
para a conquista da terra. E cada um individualmente tinha responsabilidade
nesta obediência, de modo que a desobediência de um afetava a todos. O pecado
de um podia destruir a nação (Js 22.20).
Cuidemos para não
sermos um Acã, e assim, nossa igreja não terá um Ai, e nem nós e nossa família
terão um Vale de Acor.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Amor ou obrigação?

Mas
há sim um relacionamento.
O livro de Deuteronômio nos mostra isso. Nele há tanto
um incentivo para se guardar a Lei de Deus (uma obrigação), como uma exigência
de que esta obediência seja motivada por amor. O povo de Israel tinha a
obrigação de obedecer a Deus, mas esta obrigação deveria ser resultado de seu
amor para com Deus. (Deuteronômio 6.4,5; 10.12,13;30.20)
A obrigação é fruto do amor. Pois quem ama assume
compromissos. Sempre o amor vai gerar uma obrigação para com algo ou alguém que
amamos. Os cônjuges assumem obrigações uns para com os outros, porque se
amam. Os pais assumem a obrigação de
cuidar dos filhos porque os amam . Um amigo assume a obrigação de
resolver um problema para outro amigo por conta da amizade que os une. Outros
exemplos poderiam ser apresentados.
Penso ainda, que a obrigação repetida pode gerar amor. Agora
isso nem sempre acontece, mas é possível. A disciplina em fazer alguma coisa
pode nos levar a amar o que fazemos. Alguém pode não gostar de tocar violão,
mas com a obrigação de praticar, pode acabar gostando. Algumas vezes não
gostamos de uma matéria nos estudos, mas somos forçados a nos aplicar, então
passamos a gostar. Outra situação é de sermos obrigados a conviver com alguém,
e com o passar do tempo começarmos a amar aquela pessoa.
Repito, este segundo relacionamento nem sempre acontece. Mas
o primeiro sim. O amor sempre gera obrigação.
Então, não é "amor ou obrigação", mas "obrigação por amor". Pois "A obrigação resulta do amor".
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Perseguição e Sedução

A primeira ameaça
a nossa sobrevivência e nos encurrala na conformação a uma cultura mundana,
rebelde e indiferente a Deus. A outra
nos atrai com o glamour da glória, grandeza, poder, riqueza, e alegria
mundanos.
A opção mais
sábia é também a mais difícil: perseverar confiando e obedecendo a Deus, sem se
desviar de Suas ordens. Esta foi a decisão de Daniel e seus três amigos. Eles não consentiram com o que era oportuno,
mas escolheram a lealdade a Deus.
O exemplo
deles pode injetar em nossas débeis veias espirituais o estímulo necessário
para não cedermos à pressão dolorosa da perseguição e nem ao fascínio deslumbrante
da sedução.
Há muito
mais em jogo do que nossos olhos podem enxergar.
Que as
ocorrências do dia a dia, as ações dos poderosos diante do mundo, as
interpretações da mídia, e o desenrolar daquilo que chamamos História, não ofusquem
os nossos olhos diante da verdade de que há um Deus Altíssimo e Soberano que dirige
a história e que merece nossa lealdade.
Nele deve estar nossa esperança.
É a vida e a
eternidade que estão em perigo. Não deixemos nos enganar. Nossas escolhas, mesmo
que pareçam insignificantes, fazem diferença eterna.
Um dia a
aflição da perseguição cessará, e o encanto da sedução desvanecerá. Só restarão
a alegria da presença de Deus e o brilho da Sua glória.
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