quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

CINCO SÉCULOS DA REFORMA

No dia 31 de outubro deste ano foram celebrados os 500 anos da Reforma. Foi nessa data, em 1517, que foram afixadas na porta da Igreja de Wittenberg, na Alemanha, as 95 teses elaboradas pelo, então monge, Martinho Lutero. Aquele ato desencadeou uma volta aos ensinos de Jesus e dos apóstolos, abandonados pela Igreja. Não demorou muito para que o movimento passasse a ser chamado de Reforma Protestante. Martinho Lutero (1483-1546) é o nome mais conhecido deste movimento, mas outros, como João Calvino (1509-1564) e Ulrico Zuínglio (1484-1531) também contribuíram grandemente para o sucesso da Reforma. 
No ano 312 depois de Cristo, o cristianismo foi adotado como religião oficial pelo Imperador Constantino. A partir de então, a Igreja Cristã foi, paulatinamente, adaptando-se aos valores e práticas mundanas e pagãs. O fervor esfriou, o culto formalizou-se, o ensino bíblico foi esquecido e muita tradição pagã passou a ser crida e obedecida.
Tentativas anteriores de reformas foram empreendidas mas a liderança religiosa sufocou algumas e cooptou outras.  Uma delas foi o sistema monástico, que, entre outras razões, surgiu por causa da insatisfação com a frieza, o mundanismo e o formalismo da Igreja dominante. Várias ordens monásticas, como os monges de Cluny, os cistercienses, os dominicanos, Francisco de Assis e os franciscanos, todas surgidas entre os anos 1000-1250, tentaram reavivar a Igreja. 
Outras tentativas foram surgiram entre os anos 1000-1400, com os movimentos intelectuais,  como o Escolasticismo, a Renascença e o Humanismo; Nesse esforço, destacaram-se, entre os anos 1100-1250, movimentos religiosos como os Valdenses, os Cátaros ou Albigenses e o misticismo cristão, além de um movimento interno da própria Igreja, chamado de Conciliar, o qual tentava submeter a autoridade papal à autoridade dos concílios. Todos falharam.
Homens como John Wycliffe (1328-1384) e João Huss (1373-1415) pregaram contra os abusos da liderança religiosa e esforçaram-se para que a Bíblia fosse traduzida e ensinada na linguagem do povo comum. Wycliffe, na Inglaterra, foi silenciado. Huss, na Boemia (atual República Checa), foi queimado, depois de covardemente traído pelo Papa. Antes de ser executado, Huss afirmou: "Vocês hoje estão queimando um ganso (Hus significa "ganso" na língua boêmia), mas dentro de um século, encontrar-se-ão com um cisne. E este cisne vocês não poderão queimar." Cento e dois anos depois, Martinho Lutero elaborou as 95 teses.  
        O protesto de Martinho Lutero era principalmente contra as indulgências, prática romana que oferecia o perdão de pecados em troca de ações religiosas ou de ofertas em dinheiro em prol da igreja. A base para isto era a crença de que a salvação é por obras. E que alguns santos excederam em boas obras, de modo que fizeram o suficiente para si e ainda sobrava um saldo que poderia ser utilizado em prol de outros. Este saldo seria administrado pelo Papa, o qual poderia conceder as indulgências.
                  Lutero, depois de estudar o livro de Romanos, entendeu que esta prática anulava o sacrifício redentor de Jesus Cristo e, consequentemente, o evangelho. A 62ª tese dizia "O verdadeiro tesouro da Igreja é o sacrossanto Evangelho da glória e da graça de Deus".
         Os principais ensinos da Reforma foram posteriormente sistematizados na forma dos “Cinco Solas” que são as frases latinas: Sola Scriptura, Sola Christus, Sola Gratia, Sola Fide e Soli Deo Gloria, escritos assim porque o Latim era a língua religiosa oficial da época. O significado é: somente as Escrituras, somente Cristo, somente a graça, somente a fé, e glória somente a Deus. Estes ensinos resumem os fundamentos das crenças evangélicas: a suprema autoridade do cristão é a Bíblia, a salvação depende exclusivamente da obra realizada por Cristo, a motivação divina para realizar a salvação foi apenas a graça, o único meio de se apropriar da salvação é a fé, e somente Deus merece toda a glória. Nas próximas publicações trataremos um pouco mais detalhadamente de cada um deles. 
A Reforma foi um protesto. Por isso foi chamada de Reforma Protestante. Um protesto contra o falso evangelho, que não é evangelho, mas ensino humano, pois apregoa que o próprio homem pode realizar a sua salvação e fazer obras que paguem por seus pecados.
Convém reconhecer que a Reforma não corrigiu todos os erros da Igreja Cristã e que nem Lutero e nem os outros reformadores foram homens perfeitos. Estavam longe disso. Na implementação da Reforma, eles cometeram erros que condenamos. Mas, o seu protesto trouxe de volta a pregação de que, todos são pecadores e por isso estão condenados, que o amor divino realizou a salvação através da morte de Cristo, e agora, todo aquele que pela fé aceita este evangelho é salvo. (Romanos 10.9).

Louvemos a Deus pelos ensinos bíblicos recuperados pela Reforma!No dia 31 de outubro deste ano foram celebrados os 500 anos da Reforma. Foi nessa data, em 1517, que foram afixadas na porta da Igreja de Wittenberg, na Alemanha, as 95 teses elaboradas pelo, então monge, Martinho Lutero. Aquele ato desencadeou uma volta aos ensinos de Jesus e dos apóstolos, abandonados pela Igreja. Não demorou muito para que o movimento passasse a ser chamado de Reforma Protestante. Martinho Lutero (1483-1546) é o nome mais conhecido deste movimento, mas outros, como João Calvino (1509-1564) e Ulrico Zuínglio (1484-1531) também contribuíram grandemente para o sucesso da Reforma. 
No ano 312 depois de Cristo, o cristianismo foi adotado como religião oficial pelo Imperador Constantino. A partir de então, a Igreja Cristã foi, paulatinamente, adaptando-se aos valores e práticas mundanas e pagãs. O fervor esfriou, o culto formalizou-se, o ensino bíblico foi esquecido e muita tradição pagã passou a ser crida e obedecida.
Tentativas anteriores de reformas foram empreendidas mas a liderança religiosa sufocou algumas e cooptou outras.  Uma delas foi o sistema monástico, que, entre outras razões, surgiu por causa da insatisfação com a frieza, o mundanismo e o formalismo da Igreja dominante. Várias ordens monásticas, como os monges de Cluny, os cistercienses, os dominicanos, Francisco de Assis e os franciscanos, todas surgidas entre os anos 1000-1250, tentaram reavivar a Igreja. 
Outras tentativas foram surgiram entre os anos 1000-1400, com os movimentos intelectuais,  como o Escolasticismo, a Renascença e o Humanismo; Nesse esforço, destacaram-se, entre os anos 1100-1250, movimentos religiosos como os Valdenses, os Cátaros ou Albigenses e o misticismo cristão, além de um movimento interno da própria Igreja, chamado de Conciliar, o qual tentava submeter a autoridade papal à autoridade dos concílios. Todos falharam.
Homens como John Wycliffe (1328-1384) e João Huss (1373-1415) pregaram contra os abusos da liderança religiosa e esforçaram-se para que a Bíblia fosse traduzida e ensinada na linguagem do povo comum. Wycliffe, na Inglaterra, foi silenciado. Huss, na Boemia (atual República Checa), foi queimado, depois de covardemente traído pelo Papa. Antes de ser executado, Huss afirmou: "Vocês hoje estão queimando um ganso (Hus significa "ganso" na língua boêmia), mas dentro de um século, encontrar-se-ão com um cisne. E este cisne vocês não poderão queimar." Cento e dois anos depois, Martinho Lutero elaborou as 95 teses.  
        O protesto de Martinho Lutero era principalmente contra as indulgências, prática romana que oferecia o perdão de pecados em troca de ações religiosas ou de ofertas em dinheiro em prol da igreja. A base para isto era a crença de que a salvação é por obras. E que alguns santos excederam em boas obras, de modo que fizeram o suficiente para si e ainda sobrava um saldo que poderia ser utilizado em prol de outros. Este saldo seria administrado pelo Papa, o qual poderia conceder as indulgências.
                  Lutero, depois de estudar o livro de Romanos, entendeu que esta prática anulava o sacrifício redentor de Jesus Cristo e, consequentemente, o evangelho. A 62ª tese dizia "O verdadeiro tesouro da Igreja é o sacrossanto Evangelho da glória e da graça de Deus".
         Os principais ensinos da Reforma foram posteriormente sistematizados na forma dos “Cinco Solas” que são as frases latinas: Sola Scriptura, Sola Christus, Sola Gratia, Sola Fide e Soli Deo Gloria, escritos assim porque o Latim era a língua religiosa oficial da época. O significado é: somente as Escrituras, somente Cristo, somente a graça, somente a fé, e glória somente a Deus. Estes ensinos resumem os fundamentos das crenças evangélicas: a suprema autoridade do cristão é a Bíblia, a salvação depende exclusivamente da obra realizada por Cristo, a motivação divina para realizar a salvação foi apenas a graça, o único meio de se apropriar da salvação é a fé, e somente Deus merece toda a glória. Nas próximas publicações trataremos um pouco mais detalhadamente de cada um deles. 
A Reforma foi um protesto. Por isso foi chamada de Reforma Protestante. Um protesto contra o falso evangelho, que não é evangelho, mas ensino humano, pois apregoa que o próprio homem pode realizar a sua salvação e fazer obras que paguem por seus pecados.
Convém reconhecer que a Reforma não corrigiu todos os erros da Igreja Cristã e que nem Lutero e nem os outros reformadores foram homens perfeitos. Estavam longe disso. Na implementação da Reforma, eles cometeram erros que condenamos. Mas, o seu protesto trouxe de volta a pregação de que, todos são pecadores e por isso estão condenados, que o amor divino realizou a salvação através da morte de Cristo, e agora, todo aquele que pela fé aceita este evangelho é salvo. (Romanos 10.9).

Louvemos a Deus pelos ensinos bíblicos recuperados pela Reforma!

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