Certos alimentos ganham um sabor especial quando
acompanhados de outros. Exemplos: o pão fica mais saboroso, se com manteiga e
café; a salada, se com azeite, e a carne, se temperada com sal. O mesmo
fenômeno ocorre nos deveres para com Deus. Estes ficam mais agradáveis, quando temperados
com a gratidão. A Bíblia nos ensina a realizarmos todos os serviços que
prestamos a Deus com gratidão.
A
manutenção da unidade entre os irmãos deve ser acompanhada com a gratidão. Somos
exortados a deixar a paz de Cristo governar os nossos corações, pois fomos
chamados para conviver nesta paz, em um corpo. Para isto devemos ser
agradecidos: Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual,
também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos
(Cl 3.15). Uma atitude de gratidão ajuda
a manter tanto a paz em nossos corações, como a paz nos relacionamentos com os
demais membros do Corpo de Cristo. As queixas e murmurações, sinais de
ingratidão, tornam a convivência desagradável.
O louvor
a Deus deve ser acompanhado pela gratidão: cantando ao Senhor com graça nos
vossos corações (Cl 3.16). Louvar a Deus é reconhecer quem Ele é, o que Ele
tem feito por nós e pelos outros, e elogiá-lo. Fazer isto sem gratidão, seria
pura hipocrisia. Uma forma de expressar nossa gratidão é cantando.
Todas as
nossas ações devem representar o Senhor Jesus, e todas elas devem ser feitas
com gratidão: tudo o que fizerem, em palavra ou ação, façam em nome de
Jesus, agradecendo através Dele a Deus (Cl 3.17). Somos embaixadores de
Jesus, trazemos sobre nós a Sua marca. O que falamos e fazemos apontam para
Ele. A gratidão é uma maneira de mostrarmos o quanto confiamos nele, na Sua
soberania, no Seu amor e na sua sabedoria em cuidar de nós. Ela também indica
que somos felizes em sermos servos dele.
Nosso crescimento espiritual deve ser abundando em
ações de graças (Cl 2.7). Crescer no relacionamento com Deus é conhecer
mais e melhor a Deus. E quanto mais conhecermos a Deus, mais maravilhados
ficaremos com Ele e, consequentemente, mais gratos seremos. Não é possível
crescer na fé com a ingratidão dominando o nosso coração.
Nossas orações devem ser regadas com ações de graças.
A perseverança na oração deve ser seguida com a vigilância em ações de graças: Perseverai
na oração, vigiando com ações de graças. (Cl 4.2). Em Filipenses 4.6, Paulo
nos diz que a cura para a ansiedade é a oração acompanhada de gratidão: Não
andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de
Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. A
oração por todos os homens também deve ser feita com ações de graças: Antes
de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões,
ações de graças, em favor de todos os homens. (1 Tm 2.1).
Por
último, a recepção de todas as boas coisas da vida deve ter a companhia da
gratidão: pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças,
nada é recusável (1 Tm 4.4). Sempre lembrando que tudo que temos de bom,
como o alimento, o companheirismo e outras bênçãos, chegam a nós como produto
da graça de Deus. E a reação adequada diante de uma graça recebida é a
gratidão.
A
gratidão é o acompanhamento indispensável dos deveres para com Deus. Sem
gratidão, todos os deveres ficam sem graça e assim é impossível servir a Deus.
A gratidão vai tornar o serviço a Deus uma obra de amor e alegria.
A gratidão é uma questão de atitude interior e não de
circunstância. Veja o exemplo de David Rothenberg. Quando ele tinha seis anos,
seu pai deu-lhe um sonífero, depois derramou querosene sobre ele e ateou fogo.
Ele sofreu queimaduras de 3º grau em 90% do seu corpo. Alguns anos e 60
cirurgias depois, sabendo que faria outras, disse: estou vivo, o que já é bom o
suficiente.
Sempre
há motivos para agradecer. Nosso coração sempre será uma festa, quando a
gratidão for o tempero constante de nossa vida.
A generosidade de Deus é tão grande, e nossa gratidão tão
pequena.
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