A palavra “Missão” significa uma “incumbência que alguém deve executar a pedido ou por ordem de outrem; encargo”. Aplicada ao cristianismo ela designa a tarefa que Jesus ordenou aos seus seguidores de pregar o evangelho a todos os povos da terra. Entre os vários textos do Novo Testamento que mostram este encargo estão os que expressam as palavras de Jesus aos discípulos, e que são chamados de “a grande comissão” (Mateus 28.18-20; Marcos 16.15; Lucas 24.46-49; João 20.21; Atos 1.8).
Esta missão é um privilégio. Dentre os significados que o dicionário dá para a palavra “privilégio”, penso que o seguinte expressa melhor seu relacionamento com a missão cristã: privilégio é uma “oportunidade ou concessão especial para realizar algo muito desejado ou valorizado”.
Fazer missões é uma oportunidade que Deus concede a Igreja nesta dispensação. É uma concessão, isto é, uma outorga que Deus fez a Igreja, para esta agir em seu nome durante esta dispensação, é portanto por um tempo limitado.
Houve uma época em que esta concessão foi dada à nação de Israel. Competia àquele povo ser a testemunha das riquezas de Deus entre todas as nações (Ex.19.4-6). Na época atual, Deus retirou esta oportunidade de Israel e concedeu à Igreja (Mt 21.43). Como o apóstolo Paulo explica em Romanos 11, este endurecimento à Israel é temporário, até que chegue a plenitude dos gentios (Rm 11.15).
Esta concessão é especial, somente para a Igreja. Não há outra agência no mundo que possa fazer missões, a não ser a Igreja de Cristo. A realização da obra missionária depende da capacitação do Espírito Santo (At 1.8). E somente a Igreja tem esta capacitação (1 Co 12.12,13).
Esta oportunidade é para fazer algo muito desejado. O que mais deseja a realização desta tarefa é o próprio Deus. Ele almeja formar um povo dentre todas as nações da terra, para abençoar este povo com o desfrutar da alegria de adorá-lo eternamente. Ele manifestou este propósito a Abraão (Gn 12.1-3); enviou Seu Filho para buscar os perdidos (Lc 19.10); e terminará a história com pessoas de todas as nações adorando-o (Ap 7.10-11).
Esta concessão é para fazer algo extremamente valorizado por Ele, que é manifestar a Sua glória.
Deus se revelou com o objetivo de ser glorificado. Em Romanos 1.18-21 é dito que Deus tem se manifestado aos homens, mas estes não lhe deram glória, e por isso a ira de Deus se manifesta sobre eles. A Igreja tem este privilégio de proclamar as virtudes de Deus (1 Pd 2.9).
Este privilégio implica em uma responsabilidade, que é o dever de prestar contas Àquele que concedeu a missão. Lembremos que a nação de Israel perdeu o privilégio, por falhar com a responsabilidade. Lembremos que a Igreja tem sido alçada à posição de povo especial, com o encargo de anunciar um valor especial: a Pessoa e obra de Deus. É que este Deus pedirá contas dela por isso.
Logo Missões é tanto um privilégio, como uma responsabilidade. Cumpramos e desfrutemos disto.
2 comentários:
Muito bem Pastor Almir! Realmente, é um privilégio fazer parte da "Grande Comissão". Mas, por que cada vez mais vemos que esta responsabilidade que cabe a nós, diminuiu e está diminuindo tanto ao longo do tempo? Vemos crentes apáticos em relação ao evangelismo, a missões e até mesmo ao seu testemunho pessoal. Estão perdendo sua função principal, e não estão sendo gratos por fazerem parte da família do Criador. Ficamos impressionados quanto ao comportamento dos santos nos dias de hoje, constantemente tenho batido na mesma "tecla", "A principal função da Igreja é fazer missões". No entanto, o povo prefere fazer eventos, festas que alegram somente a eles, convidam os parentes que sempre estão presentes nestes eventos, mas nunca se dobram diante de sua condição de ímpios. Isso se tornou uma tradição. Sei que existem igrejas que estão crescendo, também que existe um grupo de pessoas que realmente "botam a mão na massa", mas são poucos. Temos que orar. Valeu pastor, obrigado! Um abraço.
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