A frase "Cristo foi um
cronômetro" é atribuída a Hermann Melville, autor do romance Moby Dick.
Cronômetro é um instrumento capaz de medir o tempo. Será que a metáfora de
Melville para Jesus Cristo é adequada?
Se entendermos que o cronômetro é usado tanto para marcar o início de certa quantidade de tempo como o seu fim, a metáfora é bem adequada, pois foi isso que Cristo fez.
O modo de marcarmos o tempo a partir de Cristo foi iniciado pelo monge Dionísio Exigiuus (nascido na Cítia) no século VI. Antes disso a contagem dos anos seguia a nomenclatura de Era Diocleciana, por causa de Diocleciano, imperador romano.
O modo de marcarmos o tempo a partir de Cristo foi iniciado pelo monge Dionísio Exigiuus (nascido na Cítia) no século VI. Antes disso a contagem dos anos seguia a nomenclatura de Era Diocleciana, por causa de Diocleciano, imperador romano.
O motivo dado por Dionísio foi "a fim de que
o início de nossa esperança nos parecesse tanto mais familiar e a causa da
reparação humana, i.e., nosso redentor, reluzisse com tanto maior brilho."
(Jesus e o seu tempo, pg. 24, de Wolfgang Stegemann).
Dionísio errou nos cálculos, pois Jesus nasceu pelos menos
quatro anos antes da data marcada por este monge, mas este calendário se firmou
no mundo, dividindo a marcação da História em a.C. (antes de Cristo) e d.C.
(depois de Cristo).
Embora o cálculo tenha ficado fora de centro o
acerto teológico foi no alvo, pois a
obra do Senhor Jesus situa-se no centro do tempo, não cronologicamente, mas por
ser o clímax do projeto redentor de Deus. Sua vinda explica e restaura a
Criação, deixando tudo pronto para esperar a Consumação. A vinda de
Cristo deu início ao tempo final da velha Criação e começou o novo tempo da
nova Criação. Assim, vivemos entre os tempos (1 Co 10.11).
Jesus veio na plenitude do tempo: vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu
Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, (Gálatas 4.4).
Esta vinda era parte essencial no
propósito de Deus: de fazer
convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto
as do céu, como as da terra; (Efésios
1.10).
Este projeto estava na mente de Deus, antes
do tempo, mas se manifestou no tempo. As pessoas que seguem apenas a sabedoria
destes tempos não conseguem entender. Entretanto,
expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste
século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada; mas falamos a
sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a
eternidade para a nossa glória; sabedoria essa que nenhum dos poderosos
deste século conheceu; (1
Coríntios 2.6-8).
Antes desta vinda, os meios
estabelecidos por Deus eram apenas sombras da obra que Ele realizaria no tempo
da nova ordem: os quais não
passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e
diversas abluções, impostas até ao tempo oportuno de reforma. (Hebreus 9.10).
Deus havia prometido a obra redentora antes dos tempos eternos, mas esta obra foi manifesta no tempo apropriado, conforme Tito 1.2,3: na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos e, em tempos devidos, manifestou a sua palavra.
Deus havia prometido a obra redentora antes dos tempos eternos, mas esta obra foi manifesta no tempo apropriado, conforme Tito 1.2,3: na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos e, em tempos devidos, manifestou a sua palavra.
Em sua vinda Jesus realizou o sacrifício necessário
para resolver o problema do pecado, que tem corrompido a criação, como diz
Hebreus 6.26: Ora, neste caso, seria necessário
que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém,
ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar,
pelo sacrifício de si mesmo, o pecado.
Ele esteve neste tempo, mas saiu e voltou aos céus
(Atos 1.21,22). Mas voltará para consumar o que iniciou. assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para
sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos
que o aguardam para a salvação. (Hebreus
9.27).
Enquanto aguardamos, é necessário testemunhar
Sua obra, anunciando que o tempo oportuno é agora e que este se abrevia. eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o
dia da salvação; Isto, porém, vos digo, irmãos: o tempo se abrevia; (2 Coríntios 6.2; 1 Coríntios 7.29 ) Contamos com a certeza
de que Ele estará conosco todos os dias, até a consumação do tempo (Mateus
28.19,20)
O Senhor do tempo, criou o tempo, entrou
no tempo, viveu no tempo, saiu do tempo, marcou o tempo, tornou-se o centro do
tempo, está conosco no tempo e um dia concluirá Sua obra iniciando um novo
tempo.
Um comentário:
Mas, há mistérios com o tempo, o mais admirável deles, é que seu Senhor nele penetra, nesse pequeno universo humano, mostrando-se ao homem. E em nosso tempo, ao Seu tempo, faz-nos compreender uma realidade sem tempo: a eternidade.
Assim, “em parte” sabemos como será quando não mais houver tempo. Pois, conhecendo o Senhor do tempo, é-nos antecipada, por pouco tempo, a majestade e glória dAquele que é além do tempo. "Em parte" experimentamos a eternidade, onde não há tempo, em uma pequena fração de tempo.
Excerto do link: http://atravesdasescrituras.blogspot.com.br/2015/11/a-eternidade-e-o-fim-do-tempo.html
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