quarta-feira, 14 de maio de 2008

POR QUE ORAMOS TÃO POUCO, OU NEM ORAMOS?

É comum as pessoas não usarem os recursos que têm? No caso dos crentes sim. Temos um incrível recurso que usamos pouco: a oração. Está escrito em Tiago 5.16 – “... muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”, mas nós oramos pouco? Por quê?
Uma das razões para não nos dedicarmos à oração é a descrença em sua eficácia. Ou não acreditamos que a oração possa realmente nos ajudar, ou, que há outras formas de ajuda mais eficientes. Dificilmente algum de nós diria isto, mas a vida da maioria demonstra que é assim que pensamos. O pouco que oramos indica que acreditamos pouco na eficiência da oração. Mas o verso de Tiago nos fala que a oração muito pode. O palavra “pode” fala da capacidade, habilidade, força para executar alguma coisa. A Bíblia está dizendo que a súplica de um justo é capaz de muita coisa, tem muito poder. Quando oramos, estamos apelando ao dono do maior poder que existe. A fraqueza Dele é mais forte do que os homens (1 Co 1.25). Ele é especialista em aperfeiçoar o Seu poder na fraqueza dos homens, em fazer de fracos, fortes (2 Co 12.9,10). É com este poder que o crente enfrenta todas as situações, inclusive aquelas quando estamos carentes e humilhados ( Fp. 4.12,13).
Outra razão para falta de oração é que inconsciência da nossa necessidade. A palavra traduzida como “súplica” originalmente significava “carecer”, “ter necessidade”, e daí veio o sentido de “pedir”, “rogar”, súplica. Algumas vezes não estamos conscientes do nosso estado de carência, de quão necessitados somos. Pensamos que somos capazes de tudo fazer com nossa própria força. A Bíblia chama isto de arrogância, orgulho (Lc 18.14). Orar é sinalizar que somos humildes e dependentes de Deus.
Uma terceira razão para pouca oração é o senso de demérito, achamos que não merecemos. Você pode até estar dizendo: “mas é a súplica do justo que tem este poder, e eu não sou justo”. Em primeiro lugar “justo” não está falando de um super-homem, de alguém poderoso, quase Deus. O verso 16 fala de Elias, e diz que ele era homem semelhante a nós, isto é mortal. “Justo” também não quer dizer alguém sem pecado, pois neste mesmo verso nos é ordenado confessar os pecados. “Justo” fala daquele que crê em Cristo, e assim foi justificado (perdoado) de seus pecados (Rm 5.1). “Justo” é o que ora com fé, confiando nos méritos do Senhor Jesus Cristo (Tg 5.14,15). “Justo” é o pecador que se reconhece carente, não merecedor, e por isso suplica a misericórdia de Deus (Lc 18.9-14).
A última razão que quero mencionar para nossa falta de oração é a preguiça. Isto mesmo, somos preguiçosos. A oração é um exercício, exige esforço, ação. Muito pode em seus efeitos a súplica do justo. A expressão enfatizada indica que é a súplica em ação, quando exercitada. A idéia é que: a súplica do justo pode muito, quando em ação.
Temos um poderoso recursos em nossas mãos: a oração. Por que não a usamos?

2 comentários:

Roberia Viana disse...

Outro motivo pelo qual oramos tã pouco, talvez seja o medo das respostas de Deus. Por exemplo: Em certas situações da minha vida tenho medo de orar a Deus pensando que se Ele me responder Sim, eu devo obedecer. E, será que estou realemente pronta pra atendê-lO?

Anônimo disse...

Gostei muito desta obeservação. Ela é muito pertinente. Quantas vezes manifestamos esta desconfiança do amor de Deus. Obrigado.

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