Há alguns anos, um comercial de TV apresentava um cliente de um banco que entrava na agência querendo falar com o chefe. Não aceitava falar com a secretária do chefe, com assistente do chefe, nem com vice-chefe. Só o chefe servia. Algumas situações na vida só se resolvem se falarmos com o chefe.
Os salmos 50;73-83, de Asafe, testemunham isto. Nestes doze salmos, verificamos que o salmista falava sempre com o Chefe, que nesse caso era Deus. Creio que este é o tema maior de todos esses salmos: O Supremo Deus governa o mundo. Ele é o Chefe do Seu povo, e também de todas as nações.
No salmo 50 o salmista apresenta a mensagem de Deus chamando-o de SENHOR, o Deus Supremo, que convoca céus e terra para testemunhar o julgamento que Ele fará tanto sobre o povo da aliança (povo que entrou em acordo com Deus para que Ele fosse o Seu Deus) como sobre os ímpios. Este Chefe indica o que Ele quer dos homens: uma vida de dependência, manifestada em gratidão, busca de ajuda quando necessário e obediência aos seus mandamentos.
O salmo 73 é uma confissão que o salmista faz de seu quase afastamento de Deus, por invejar os ímpios que prosperavam em seus caminhos maus. Mas logo entendeu que Deus também é o Chefe que governa sobre os ímpios que prosperam. Ele os destruirá de modo tão completo, como o sonho que se acaba assim que as pessoas acordam. Este Deus deve ser o nosso bem supremo. Não podemos trocá-Lo por nada nem ninguém. Ele é o nosso instrutor, nossa força e esperança.
Diante dos ataques destruidores de um povo pagão, o salmista fala com o Chefe em oraçãonos Salmos 74 e 79. Não seria a temporária vitória do inimigo que faria o salmista deixar de acreditar no domínio de Deus. Ele manifesta toda a sua confiança nesta Soberania, ao mencionar que o ataque do inimigo só foi bem sucedido porque Deus ficou passivo, cruzou os braços, por estar irado contra o pecado do Seu povo. Pois Deus é o Rei desde a antiguidade e Ele é o Dono de tudo. Diante disso é que ele clama por socorro a este Deus. Alguns entendem que a doutrina da Soberania de Deus pode criar barreiras para a oração. Mas, pelo contrário, é a crença num Deus que é Soberano, que domina sobre tudo, que deve nos levar a orar, especialmente nos momentos de dificuldade. Que garantia se teria orando a um Deus que não tem controle sobre mundo?
Deus é Soberano não apenas para julgar a terra, mas também para determinar o tempo do julgamento e para sustentar a terra até que o tempo do juízo chegue, diz o salmista no cântico do Salmo 75. É ele quem exalta e humilha as pessoas. Por causa disso, devemos anunciar as Sua maravilhas ao mundo.
Deus é o Chefe que deve ser temido. Por sinal, o único que deve ser temido, pois Ele faz com que até a ira dos homens redunde para Sua Glória. Espera-se dos que são d’Ele que cumpram os votos que fizeram. Isso é dito no cântico do salmo 76.
Mesmo diante da perplexidade de clamar e não ser atendido, mesmo ficando um tanto desnorteado por estar angustiado e buscar a Deus e não encontrar resposta, o salmista ainda crê que Deus é o Soberano que mostra o Seu poder entre os povos. Quando sofre diante da aparente inatividade de Deus, o salmista medita no que Deus já fez (Sl 77)
O Salmo 78 é uma instrução indicando que, diante de tudo que este Deus Soberano já fez, é um tremendo pecado não O tratar com consideração. Cada geração deve cuidar para não repetir os erros do passado, mas aprender a confiar em Deus e ser fiel a Ele.
No salmo 80, o salmista pede ao Rei que tem seu trono entre os querubins que venha salvar o Seu povo. Reconhece que é Deus quem está enviando o sofrimento para o povo. Sabe que uma restauração do povo depende do Soberano operar nos corações, e por isto clama que Deus faça o seu povo se arrepender. A crença na soberania de Deus, ao invés de impedir a oração pela conversão das pessoas, incentiva esta oração, pois a conversão depende de Deus, que tem domínio sobre os corações das pessoas.
Este Deus Soberano almeja que Seu povo lhe seja fiel. Asafe mostra no salmo 81 que Ele abençoa os que se voltam para Ele. Como Ele é poderoso, e tem o controle de tudo em suas mãos, Ele pode abater todos os inimigos que se voltam contra Seu povo.
Deus é o Supremo Governante sobre todos os governos. O salmo 82 mostra como Deus preside sobre os juízes da terra. Ele é o Supremo Tribunal onde todos os governos terão que prestar contas, pois todas as nações pertencem a Deus.
Na oração do Salmo 83, o salmista clama para que Deus faça justiça, para que as nações saibam que SOMENTE TU, CUJO NOME É SENHOR, ÉS O ALTÍSSIMO SOBRE TODA A TERRA.
Note que, em toda e qualquer situação, o salmista procurava o Chefe. Tanto para louvar pela grandeza ou para clamar diante da necessidade. Por gratidão ou aflição, Ele sempre procurava o Supremo Chefe.
E você, não acha melhor falar com o Chefe?
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