terça-feira, 28 de outubro de 2008

Pequena menina, GRANDE MISSIONÁRIA!

Pequenos podem fazer grandes coisas! Um exemplo aparece em 2 Reis 5.1-15. Há neste texto um contraste entre um grande homem é uma pequena menina.

O grande homem é Naamã. Um competente comandante militar do exército sírio, que era inimigo do povo de Israel, a nação de Deus. Mesmo assim Deus abençoara aquela nação com vitórias através de Naamã. Por isso ele tinha uma alta posição diante do rei da Síria e era considerado muito importante. Mas ele tinha um problema, uma doença de pele. Naquele tempo toda doença de pele era chamada de lepra.

A pequena menina era uma israelita, portanto alguém que pertencia ao povo de Deus. Ela havia sido tomada como cativa numa guerra entre Israel e a Síria. Normalmente um exército que vencia uma guerra matava os homens das forças derrotadas, e levava as mulheres e crianças como cativas. Estes cativos perdiam sua liberdade, sofriam privações e sofrimentos, sendo forçados a abandonar suas famílias.

Note os contrastes: o homem era grande (em influência e importância, e porque era adulto), e a menina era pequena: (literalmente “moça pequena” ou “menina pequena” no verso 2). Como a palavra “pequena” também era usada para indicar algo insignificante, ela era pequena na idade e considerada sem importância naquela situação. Ele era um comandante militar vitorioso, ela uma cativa, que havia perdido sua liberdade, portanto uma derrotada, à luz dos que a rodeavam. Ele o chefe, ela a escrava. Ele era rico (o presente que levou para Eliseu era de quase 350 quilos de prata, e quase 70 de ouro, além das vestes luxuosas), ela, não tinha nada, nem sua liberdade.

Percebemos que ele era orgulhoso, pois se ofendeu e ficou irado com a ordem de Eliseu para se lavar no rio Jordão. Ela humilde, aceita sua condição de escrava e busca ajudar seus captores. Ele tem uma fé mágica, acreditando que era preciso um clamor alto e visível e um toque físico, para que Deus pudesse agir. Ela, uma fé que conhece o poder do Deus verdadeiro operando através de Seu profeta. Ele acredita que pode recompensar ou pagar pela bênção recebida, ela confia na graça de Deus.

Mas foi a pequena menina que fez uma grande diferença. Ela deu um grande testemunho do poder e do amor de Deus. Haviam roubado o futuro normal daquela pequena menina: casar, ter filhos, e criar estes filhos em sua terra natal. Mas, não puderam roubar sua missão: testemunhar de Deus na situação em que se encontrava. Ela tinha um pequeno emprego: empregada doméstica. Mas uma grande vocação: missionária.

A pequena missionária tinha um grande amor. Amor sensível para as necessidades das pessoas à sua volta. Ela viu além da grande importância de seu chefe, a necessidade de algo que só Seu Deus poderia dar: a cura para sua doença. Amor edificante, que não permitiu que a amargura de ter sido capturada e feita escrava endurecesse seu coração e destruísse sua vida. Amor perdoador, que não guardou ressentimentos de pessoas que a separaram de sua família, de sua terra, e provavelmente mataram seu pai. Amor que fez o bem de pessoas que eram inimigas de seu povo. Amor que buscou a glória de Deus antes de seu conforto pessoal.

A pequena menina também tinha uma grande fé. Fé corajosa, que se arriscou. Pois se depois de todo aquele esforço, Naamã não voltasse curado, podemos imaginar o que iria acontecer com ela. Fé informada, que conhecia o poder de Deus e tinha certeza do que este poder gracioso poderia fazer. Fé firme, pois resistiu em meio da descrença de adultos, pois o próprio rei de Israel não confia no poder de Deus para curar (versos 6,7). Fé aprovada que superou não apenas as tentações de outros deuses numa terra estrangeira, mas também a incredulidade de sua própria nação, que vivia um tempo de idolatria e afastamento de Deus, confiava na ação de Deus, mesmo em meio da infidelidade de Seu povo. Fé contagiante, pois a mulher de Naamã, o próprio Naamã, o rei da Síria, acreditam em suas palavras, e logo agem para que Naamã vá para Samaria encontrar com o profeta.

A pequena menina foi uma grande missionária. Pois suas pequenas palavras resultaram num grande testemunho para Naamã, a nação da Síria, a nação de Israel, e para todo o povo de Deus que lê a Bíblia até nos dias de hoje. Naamã, que acreditou nas palavras da pequena menina (verso2), ficou com a pele de um pequeno menino (verso 14). Poucos israelitas fizeram missões internacionais com tão grande eficiência como esta pequena menina!

Com certeza, quando a pequena menina ainda estava em Israel alguém plantou a grande semente em seu pequeno coração. E que grandes frutos surgiram! Vamos plantar a Palavra de Deus nos corações dos pequenos.

3 comentários:

Laize Medeiros disse...

Vale a ressalva
"Quem não for como um desses pequeninos não pode entrar no reino dos céus"
Obrigada por sempre nos edificar

Anônimo disse...

Charlotte Stowel

Faz parte da série de quatro histórias bíblicas que envolvem crianças. Este livro apresenta a história da menina , filha de Jairo. A quem Jesus curou. Contada numa linguagem mais apropriada às crianças.

Rosemary da Mata disse...

Isso,ensinar os pequenos! Eles são grandes.
vale mesmo a pena ensinar, pois o Senhor disse diees: "ensina a criança". Deus o aebnçeoe Pr. Almir

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