terça-feira, 18 de setembro de 2007

JOSÉ, UM PRESO LIVRE


     José, filho de Jacó,  teve muitos motivos para ser uma pessoa amargurada e desconfiada. Quando ainda morava na casa de seu pai, ele foi odiado por seus irmãos, que não conseguiam  falar-lhe de modo pacífico (Gen 37.4). A razão era o fato de Jacó amar mais a José do que os outros filhos. Isso não era culpa de José, portanto o ódio e a implicância de seus irmãos era sem sentido. E havia algo pior do que a ira,  a inveja deles (Gen 37.11; Pv 27.4). Mas José agia com coração puro para eles, era transparente em contar os sonhos que Deus lhe dera, e foi sozinho ao encontro deles em um lugar distante (Gen 37.12-25).
Quando estava no Egito, José também poderia ter guardado ressentimentos. Fora para lá  vendido como escravo;  seus irmãos não atenderam  ao seu clamor aflito, quando pediu a piedade deles (Gen 42.21); estava  longe do amor de seu pai  e agora escravo em uma terra estranha. Mas manteve seu coração puro, servindo ao seu senhor como estivesse servindo a Deus.
Na cadeia José poderia ter deixado a amargura dominar seu coração, afinal, mais uma vez fora traído,  também acusado e preso injustamente. Mas não era esta sua atitude, ele se preocupava com a tristeza e problemas dos que estavam a sua volta e se dispões a ajudá-los (Gen 40.6-8). Foi esquecido pela pessoa que ajudara (Gen 40.23). Mesmo preso, José tinha um coração livre para amar e perdoar. E quando chamado se dispôs a ajudar, mesmos em saber o que seria feito dele (Gen 41).
     O perdão no coração deve ser automático, não podemos guardar ressentimentos, amargura, desejo de vingança, etc. Nosso coração deve desejar o bem para aqueles que nos prejudicaram. Foi assim com José. Se ele tivesse permitido ressentimento em seu coração, ele não teria prosperado como prosperou. Sua alma amargurada não teria se concentrado nas tarefas que tinha diante de si, não poderia ter feito o trabalho com o esmero que fez, não teria se preocupado com a tristeza das pessoas ao seu redor e não teria se preocupado em não pecar contra Deus. Sua alma manteve a pureza de um coração que perdoa e não se preocupa em se vingar.  
        Mesmo preso, José estava livre das algemas que aprisionam muitas pessoas: falta de perdão, desejo de vingança,ódio, ira, amargura, desconfiança, ressentimentos, e outras atitudes que aprisionam a alma e matam a vida. Apesar de preso, ele era livre. 

2 comentários:

Diego dy Carlos disse...

Gosto muito de uma frase de William Shakespeare: "Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra".

Porém, gosto muito mais de Hebreus 12.15: "Tende cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, VOS PERTURBE, e por elas MUITOS se contaminem" (grifo meu).

Um coração amargurado é uma doença que mata aos poucos o seu dono e os que estão à sua volta.

Parabéns pelo blog, pastor!

Unknown disse...

Pastor, meu nome é Luciano, sou da Igreja Batista Brasileira em Chicago - http://www.ibbchicago.org

Eu gostaria de usar esse seu texto "José, um preso livre" em nosso informativo mensal.
Por favor, me informe se há algum problema.

Em Cristo,

Luciano.

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