quinta-feira, 20 de setembro de 2007

O CONFORTO DA CRENÇA NA SOBERANA VONTADE DE DEUS

Por que José era uma pessoa que desfrutava o presente alegremente, esperava o futuro confiantemente, e aprendia do passado positivamente?              
Por causa de sua crença na soberania de Deus. Ele via a mão de Deus por trás de todos os acontecimentos de sua vida. Ele mesmo afirmou que, não havia sido os seus irmãos que o mandaram para o Egito, mas Deus. Também não fora sua capacidade e inteligência que o levara da prisão para ser ministro do Faraó, e sim Deus fizera isto. Repete isso cinco vezes (Gênesis 45.5,7,8,9; 50.19-21).            
Os irmãos haviam planejado o mal contra ele, mas acima destes irmãos, estava Deus que planejara o bem. Sem saber os irmãos de José, planejando o mal e querendo impedir que os sonhos dele se realizassem (Gênesis 37.20), cooperaram para que estes sonhos se cumprissem. É assim, Deus usa os planos maus dos homens para realizar a vontade salvadora Dele.            
                 José não apenas via a mão soberana de Deus agindo, como sabia que esta mão é sábia e boa. Ela sempre age com um propósito, e este propósito é bom. Ele diz “Porque para a vida, Deus me enviou na frente de vocês” (Gênesis 45.5,7; 50.20). Ele acreditava que Deus o enviara para o Egito com um propósito bom e salvador. Deus permitira tudo aquilo, para que a vida de sua família fosse preservada.            
José analisava sua vida à luz do propósito maior de Deus. Ele era uma peça no quebra-cabeça da história que Deus estava guiando. Havia algo maior e mais importante do que sua vida, e esta encontrava seu valor à medida que contribuía para este plano superior e mais valioso.
             Quando Deus age ocorre grandes livramentos, e José se via como instrumento deste grande livramento. Esta crença levou José a se preocupar com o bem estar tanto físico como emocional de seus irmãos e confortá-los (Gênesis 45.5,24; 50.21).            
            Quando a visão da soberania de Deus nos domina, não há espaço para vingança, para a arrogância, nem para humilharmos outras pessoas que estejam em posição inferior, e que no passado nos prejudicaram.        Quando cremos na soberania de Deus, continuamos caminhando em meios às dificuldades, confiando e obedecendo, sabendo que o bom propósito de Deus triunfará. Esta crença nos liberta para amar as pessoas, mesmo as que nos prejudicaram.
              Esta crença na bondade soberana de Deus é expressa de forma maravilhosa nesta poesia de William Cowper, que tem como título "Deus se move misteriosamente"
Quando as trevas escondem Sua face adorável 
 Eu descanso em Sua imutável graça; 
Em cada tormenta aguda e violenta 
Minha âncora está presa dentro do véu! 
 Deus se move de forma misteriosa 
Na realização dos seus milagres; 
Ele firma Seus pés no mar 
E cavalga sobre a tempestade 
 Nas profundezas insondáveis das minas 
Com habilidade que nunca falha 
Ele entesoura seus mais esplêndidos planos 
E opera Sua vontade soberana 
 Vós, santos temerosos, tomai novo alento 
As nuvens que tanto vos atemorizam 
São abundantes em misericórdia 
E irromperão em bênçãos sobre vossas cabeças 
 Não julgueis o Senhor por meio de fracos sentimentos 
Mas confiai Nele e em Sua graça; 
Por detrás de uma providência que amedronta 
Ele esconde uma face sorridente 
Seus propósitos logo amadurecerão 
Revelando cada hora; 
O broto pode ter um gosto amargo 
Mas a flor há de ser doce 
 A incredulidade cega certamente errará 
E julgará como inútil a Sua obra; 
Deus é o seu próprio intérprete 
E Ele mesmo lhe dará a conhecer.
 (Publicada no Livro O Sorriso Escondido de Deus, de John Piper, traduzido por Augustus Nicodemos).

2 comentários:

IBRA em FOCO disse...

Parabéns Pr. Almir pelo blog. Peço permissão para transcrever as suas meditações no Boletim Semanal da IBRA.
Abraço
Renato Cabral -Assu-RN

Anônimo disse...

William Cowper é um dos meus escritores preferidos, tanto pelas suas obras quanto pelas lutas que passou na vida.

RENOVANDO O ÂNIMO PARA ENFRENTAR MAIS UM ANO QUE SE INICIA – 2ª PARTE

  Há pessoas que “ desistem da vida muito antes que seu coração pare de bater — estão acabadas, esgotadas, despedaçadas, mas ainda assim aco...