Por causa de sua crença na soberania de Deus. Ele via a mão de Deus por trás de todos os acontecimentos de sua vida. Ele mesmo afirmou que, não havia sido os seus irmãos que o mandaram para o Egito, mas Deus. Também não fora sua capacidade e inteligência que o levara da prisão para ser ministro do Faraó, e sim Deus fizera isto. Repete isso cinco vezes (Gênesis 45.5,7,8,9; 50.19-21).
Os irmãos haviam planejado o mal contra ele, mas acima destes irmãos, estava Deus que planejara o bem. Sem saber os irmãos de José, planejando o mal e querendo impedir que os sonhos dele se realizassem (Gênesis 37.20), cooperaram para que estes sonhos se cumprissem. É assim, Deus usa os planos maus dos homens para realizar a vontade salvadora Dele.
José não apenas via a mão soberana de Deus agindo, como sabia que esta mão é sábia e boa. Ela sempre age com um propósito, e este propósito é bom. Ele diz “Porque para a vida, Deus me enviou na frente de vocês” (Gênesis 45.5,7; 50.20). Ele acreditava que Deus o enviara para o Egito com um propósito bom e salvador. Deus permitira tudo aquilo, para que a vida de sua família fosse preservada.
José analisava sua vida à luz do propósito maior de Deus. Ele era uma peça no quebra-cabeça da história que Deus estava guiando. Havia algo maior e mais importante do que sua vida, e esta encontrava seu valor à medida que contribuía para este plano superior e mais valioso.
Quando Deus age ocorre grandes livramentos, e José se via como instrumento deste grande livramento. Esta crença levou José a se preocupar com o bem estar tanto físico como emocional de seus irmãos e confortá-los (Gênesis 45.5,24; 50.21).
Quando a visão da soberania de Deus nos domina, não há espaço para vingança, para a arrogância, nem para humilharmos outras pessoas que estejam em posição inferior, e que no passado nos prejudicaram. Quando cremos na soberania de Deus, continuamos caminhando em meios às dificuldades, confiando e obedecendo, sabendo que o bom propósito de Deus triunfará. Esta crença nos liberta para amar as pessoas, mesmo as que nos prejudicaram.
Esta crença na bondade soberana de Deus é expressa de forma maravilhosa nesta poesia de William Cowper, que tem como título "Deus se move misteriosamente"
Quando as trevas escondem Sua face adorável
Eu descanso em Sua imutável graça;
Em cada tormenta aguda e violenta
Minha âncora está presa dentro do véu!
Deus se move de forma misteriosa
Na realização dos seus milagres;
Ele firma Seus pés no mar
E cavalga sobre a tempestade
Nas profundezas insondáveis das minas
Com habilidade que nunca falha
Ele entesoura seus mais esplêndidos planos
E opera Sua vontade soberana
Vós, santos temerosos, tomai novo alento
As nuvens que tanto vos atemorizam
São abundantes em misericórdia
E irromperão em bênçãos sobre vossas cabeças
Não julgueis o Senhor por meio de fracos sentimentos
Mas confiai Nele e em Sua graça;
Por detrás de uma providência que amedronta
Ele esconde uma face sorridente
Seus propósitos logo amadurecerão
Revelando cada hora;
O broto pode ter um gosto amargo
Mas a flor há de ser doce
A incredulidade cega certamente errará
E julgará como inútil a Sua obra;
Deus é o seu próprio intérprete
E Ele mesmo lhe dará a conhecer.
(Publicada no Livro O Sorriso Escondido de Deus, de John Piper, traduzido por Augustus Nicodemos).
Eu descanso em Sua imutável graça;
Em cada tormenta aguda e violenta
Minha âncora está presa dentro do véu!
Deus se move de forma misteriosa
Na realização dos seus milagres;
Ele firma Seus pés no mar
E cavalga sobre a tempestade
Nas profundezas insondáveis das minas
Com habilidade que nunca falha
Ele entesoura seus mais esplêndidos planos
E opera Sua vontade soberana
Vós, santos temerosos, tomai novo alento
As nuvens que tanto vos atemorizam
São abundantes em misericórdia
E irromperão em bênçãos sobre vossas cabeças
Não julgueis o Senhor por meio de fracos sentimentos
Mas confiai Nele e em Sua graça;
Por detrás de uma providência que amedronta
Ele esconde uma face sorridente
Seus propósitos logo amadurecerão
Revelando cada hora;
O broto pode ter um gosto amargo
Mas a flor há de ser doce
A incredulidade cega certamente errará
E julgará como inútil a Sua obra;
Deus é o seu próprio intérprete
E Ele mesmo lhe dará a conhecer.
(Publicada no Livro O Sorriso Escondido de Deus, de John Piper, traduzido por Augustus Nicodemos).
2 comentários:
Parabéns Pr. Almir pelo blog. Peço permissão para transcrever as suas meditações no Boletim Semanal da IBRA.
Abraço
Renato Cabral -Assu-RN
William Cowper é um dos meus escritores preferidos, tanto pelas suas obras quanto pelas lutas que passou na vida.
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