sábado, 24 de dezembro de 2011
NATAL: UMA VISITA ESPECIAL DE DEUS A HUMANIDADE
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
UM SÍMBOLO E SUAS EVOCAÇÕES
sábado, 3 de dezembro de 2011
A Bíblia e o teste bibliográfico
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
DUAS CASAS, UMA TEMPESTADE, DOIS DESTINOS
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
VISTA CANSADA
terça-feira, 23 de agosto de 2011
JESUS ESTÁ EM VOCÊ?

Fazer uma prova, passar por um exame, ou realizar um teste, provocam várias reações. Estas vão da excitação ao trauma, passando pelo desconforto, constrangimento, insegurança, medo, tremor, suador, desespero, e assim por diante. Mas, não há como viver, e não ser testado. Começamos a vida fazendo o teste do pezinho, e não paramos mais. São provas nas escolas, exames médicos, testes de nervos, etc.
Há os testes que os outros nos impõem e aqueles que nós mesmos escolhemos realizar para provarmos nossas qualidades. Há, também, o auto-exame, a análise que fazemos de nós mesmos visando avaliar como estamos em determinada área da vida. Verificamos nossos sentimentos, propósitos, motivações, saúde, e outros aspectos. Este é o exame mais constante. Acredito que o realizamos todos os dias, em menor ou maior grau.
Certas mudanças em nossas vidas são resultados de auto-exames. Observamos, refletimos, analisamos certos aspectos de nossa vida, concluímos que não estão bem, e decidimos mudar. Nem sempre acertamos, mas esta auto-análise é necessária para se viver de modo pensado. Quando isso não ocorre, simplesmente somos levados, sem saber para onde, nem por quem, nem por que e nem para quê.
A falta de auto-exame pode trazer conseqüências perigosas. Quando a pessoa não observa seu corpo, pode não se dar conta de problemas de saúde, que se detectados a tempo, teriam cura. Quando não analisa sua condição financeira, pode assumir compromissos que a deixarão numa situação complicada. Quando não examina seu comportamento, poderá tomar atitudes que afetem sua vida de modo drástico e até irreversível.
Mas há um auto-exame que é crucial não apenas para esta vida, mas, também, para a eternidade. É a análise da nossa condição espiritual. Várias vezes a Bíblia nos exorta a fazê-lo.
Em Gálatas 6.3,4 diz: Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana. Mas prove cada um o seu labor e, então, terá motivo de gloriar-se unicamente em si e não em outro. Neste texto somos exortados a examinar ou testar o nosso trabalho, para não nos enganarmos. Quando o padrão de nossa auto-avaliação se baseia na maneira como os outros vivem, corremos o risco de ter um conceito próprio elevado e irreal. Isto é auto-engano. Como um aluno que se dá por satisfeito por ter conseguido uma nota sete, já que os outros alunos da classe tiveram uma nota menor. O critério de avaliação não deve ser a vida das outras pessoas, mas nossa própria vida comparada com a vontade de Deus.
Já em 1ª Coríntios 11.28 diz: Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão e beba do cálice. 7-31 Olhando o contexto (versos 27-31) notamos a exortação ao auto-exame para participar da ceia do Senhor. Quando fazemos nossa auto-análise, não corremos o riso de participar da da ceia sem estar em condições dignas. Evitamos uma participação ritualista e leviana, que não consegue discernir o significado e propósito da ceia. Evitamos o julgamento do Senhor, que pode chegar com doença e morte.
Em 2ª Coríntios 13.5 é dito: Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé, provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados. O apóstolo Paulo, após se defender das acusações e questionamentos feitos ao seu ministério, quando a igreja de Corinto testava o seu apostolado, diz que os irmãos é que deveriam testar se eles mesmos estavam na fé. Se, de fato, Jesus Cristo estava neles. Se Jesus não estivesse neles, então, não teriam passado no teste, estavam reprovados, desqualificados.
O exame da fé é essencial. A possibilidade do auto-engano existe e é grande. A igreja de Sardes tinha fama de viva, mas era morta (Ap 3.1). A igreja de Laodicéia se achava rica, abastada e não necessitada, mas era infeliz, miserável, pobre, cega, e nua (Ap 3.17). Jesus estava do lado de fora desta igreja (Ap 3.20).
Uma das formas de nos enganarmos é apontando os erros de outros, ou mesmo os difamando, como ocorria na igreja de Corinto. Condenar os outros é uma tática para esconder nosso pecado, ou mesmo diminuí-lo e desculpá-lo.
Devemos nos avaliar, não pela opinião dos outros, não pela fama já conquistada, não pelos valores do mundo, e sim pela Palavra de Deus. Procurar os sinais da presença de Jesus em nossas vidas. Verificar se nossa sabedoria apresenta os sinais de ser divina e não mundana (Tg 3.13-18). Analisar se temos o testemunho do Espírito Santo em nossa vida (Rm 8.9,16). Observar se amamos os irmãos (1 Jo 3.14). Examinar se praticamos a justiça (1 Jo 3.7). Testar se nosso ensino é o correto (1 Jo 4.1-3).
Se o resultado do auto-exame não for a aprovação, devemos fazer as mudanças necessárias, clamando a ajuda e a misericórdia divinas. Antes do exame final, vamos nos auto-examinar.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
MORREU NA FORCA CONSTRUÍDA POR SEU ÓDIO

Uma das lições do livro de Ester, é que, mesmo quando o nome de Deus não aparece nos créditos, podemos ter certeza de que ainda é ELE quem escreve, produz e dirige todas as cenas.
Para cumprir seus propósitos Deus pode usar a soberba e o ódio dos homens. Isto é ilustrado na vida de um dos personagens do livro, Hamã. Ele aparece no capítulo 3, quando é promovido pelo rei Assuero para ser uma espécie de primeiro ministro no reino, acima de todos os outros ministros. Todas as pessoas deveriam honrar Hamã inclinando-se diante dele. Mas Modercai, o tio e também pai adotivo de Ester, não faz isso.
A razão era que Hamã era agagita, isto é, descendia de Agague, antigo rei dos amalequitas. Entre este povo e os judeus, existia um conflito mais que milenar. Ambos descendiam de irmãos que foram rivais e inimigos por algum tempo: Esaú e Jacó. Amaleque era descendente de Esaú, os judeus de Jacó (Gen 25.27-34; 27; 36.12).
Quando Israel saiu do Egito, Amaleque, de forma covarde, atacou os israelitas. Deus ordenou que estes, depois de estabelecidos em Canaã, deveriam destruir aqueles (Ex 17.8-14; Deut 25.17-19). Esta ordem deveria ter sido cumprida por Saul, mas ele desobedeceu (1 Sam 15.2-9).Então Mordecai crê que não deve honrar um descendente daquele povo, e Hamã, nutrindo um grande ódio, quer destruir os judeus. É neste contexto e usando estes ingredientes que Deus cumpre Sua palavra.
Hamã é um exemplo de como a soberba, o ódio e o ressentimento não só nos impedem de desfrutar das boas coisas da vida, como a destrói. Ele tinha uma boa família, o apoio do rei, o respeito de todos os súditos (menos um), fama e riquezas. Mas, não estava satisfeito enquanto visse Mordecai sem se curvar diante dele (Ester 5.11-13). Ficou obcecado pelo seu ódio.
De fato, ele nem havia percebido que Mordecai não se inclinava, foi a intriga palaciana que lhe fez saber (Ester 3.2-5). As pessoas são ágeis em fazer fofoca, movidas pela inveja. Todos se inclinavam menos Mordecai. Os outros invejaram, e por isso contaram para Hamã, para ver quem podia mais nessa queda de braço. Se Hamã tivesse ignorado, a vida continuaria. Mas, em seu orgulho ele queria unanimidade. E este orgulho fez surgir o longo ressentimento racial. Isto o levou à ira, e ela é uma péssima conselheira.
O ódio o cegou.
- Cegou para a futilidade do motivo. Um homem da posição de Hamã não deveria se ocupar com algo tão pequeno, pois apenas um homem, em todo o reino, não lhe prestava reverência.
- Cegou para a motivação dos que fizeram chegar à notícia até ele. Não é que estivessem querendo honrar Hamã, mas humilhar Mordecai. (Est 3.3-5)
- Cegou para a falta de proporção de sua reação. Ele extrapola em seu ódio, vai além do motivo. Não quer acabar apenas com Mordecai, mas com todos os judeus. Apenas uma palavra com o rei, sobre Mordecai, resolveria o caso.
- Cegou para a verdade. Ele usa de mentiras para poder se vingar (Est 3.8). O que ele fala dos judeus não era justo, já que o próprio Mordecai salvara o rei de uma conspiração (Est 2.21-23).
- Cegou para o cumprimento de sua função no reino. Ele usa os recursos, o tempo e os funcionários do reino, para vingar seus ressentimentos pessoais, e não para o bem do reino (Est 3.9-14).
- Cegou para a reação dos súditos. O orgulho lhe produziu uma sensação de segurança e a vingança, de satisfação. (Est 3.15).
- Cegou para a necessidade de averiguar tudo que estava envolvido no seu decreto, inclusive o fato de que a rainha era sobrinha de Mordecai, e também dos judeus.
- Cegou para as circunstâncias em volta, afinal sentiu-se tão seguro que não desconfiou do suspense de Ester, nem da razão pela qual seria o único convidado para o banquete com o rei.
- Cegou para averiguar o que estava acontecendo quando o rei fala sobre honrar alguém (Est 6.6).
- Cegou para a fragilidade de sua posição. De um dia para o outro, sua sorte mudou. Cegou para a fraqueza de seus amigos. Numa noite estavam ouvindo suas glórias e aconselhando-o a dar vazão ao seu ódio, no outra apenas lhe dizem o óbvio, sem nenhuma ajuda a mais (Est 5.14; 6.13).
- Cegou para a Palavra de Deus. Pois ele era descendente de Agague, que era amalequita, e Deus havia dito que os destruiria. (Ex 17.14), e havia a promessa feita a Abraão (Gen 12.1-3). Se quisesse ser bem sucedido, deveria abençoar os judeus, e não persegui-los.
Cego, morreu na forca que seu ódio construiu (Est 7.10).
Vamos lembrar: o ódio, o ressentimento, a raiva, nos cegam, e destroem nossa vida. E apesar dos nossos rancores e planos, é a vontade de Deus que prevalece, mesmo quando visivelmente Ele não aparece.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
FILHOS OU MORTE

Creio que a maioria de nós, brasileiros, está acostumada com a frase: “Independência ou Morte”, que é atribuída a Dom Pedro I no dia da proclamação da Independência do Brasil. Há uma frase semelhante na Bíblia, ela se encontra em Gênesis 30.1; “Dá-me filhos, ou se não, morrerei”. Ela foi pronunciada por Raquel para seu marido Jacó. Vamos olhar o contexto para melhor entender a frase.
Os pais de Jacó o enviaram à casa de seu tio Labão, com um duplo propósito: fazer com que Jacó escapasse da ira de seu irmão Esaú, que ele havia enganado, e conseguir uma esposa (Gen 27.42-45; 28.1,2). Labão tinha duas filhas: Lia e Raquel. Raquel era do tipo que enchia os olhos de qualquer rapaz (Gen 29.16,17). Logo,Jacó apaixonou-se por Raquel, e para casar com ela pagou o dote com sete anos de trabalho alegre, cuidando dos rebanhos de seu futuro sogro (Gen 29.18-20).
Só que Labão, aproveitando-se dos costumes do local e da paixão de Jacó, não cumpriu o trato. No dia do casamento deu a filha mais velha para Jacó (o fato das noivas usarem véu e o escuro da noite permitiu o engodo). Jacó teve que trabalhar mais sete anos para pagar o dote de Raquel, e assim ficou com as duas esposas. O que era praticado naquela cultura, apesar de não aprovado por Deus (Gen 29.21-30).
Raquel era a mais amada, Lia apenas tolerada, mas Lia tinha filhos, Raquel não. Apesar do amor do marido, Raquel passou a ter ciúmes pelo fato da irmã poder ter filhos. Sentiu-se ameaçada em perder o lugar de esposa privilegiada. Ela pensava que se não tivesse filhos, era melhor morrer. Esquece Deus, esquece o amor de seu marido, as provas de amor que ele já havia dado, e tem uma única preocupação: ter filhos. Isto se torna sua obsessão. Ela acreditava que sua segurança estava no fato de ter filhos, que seu valor na vida dependia disso. Ela havia se tornado idólatra.
Quando se é dominado por um desejo, a vida parece só ter sentido se esse desejo for satisfeito. Tudo passa a girar em torno do que ansiamos. E nos tornamos confusos e inseguros. Cobra-se de quem não pode resolver. Raquel exige que Jacó lhe dê filhos. Mas, Jacó sabia que isto era com Deus.
Outra conseqüência desta obsessão é a disposição para desobedecer a Deus, se isto se mostrar necessário na realização dos desejos. Raquel dá sua serva, para que seu marido Jacó coabite com ela, e possa ter filhos, que seriam considerados como seus. Mas estas soluções não resolvem o problema. O desejo e o anseio continuam. Só quando o primeiro filho nasce é que Raquel acha que seu vexame foi retirado (Gen 30.23).
Nossos desejos nunca são satisfeitos se eles se tornam o motivo da nossa existência. Quando Raquel tem seu primeiro filho, ela ainda pede que Deus lhe conceda outro (Gen 30.24).
Quando nossos desejos nos dominam eles nos matam. E foi no nascimento deste segundo filho que Raquel perdeu a vida. Isto é uma ironia. A mulher que desejou ter filhos, senão, preferiria morrer, morre por ter filhos (Gen 35.16-19).
Nossa segurança e valor não dependem de termos nossos desejos satisfeitos, mas do amor e cuidado de Deus para conosco. Nossos impulsos e desejos devem ser colocados diante de Deus. E esperamos nossa satisfação apenas Dele, e de mais ninguém. Pois, só Ele pode satisfazer plenamente nosso coração (Sl 37.4)
sexta-feira, 15 de julho de 2011
RECUSOU O OURO, MAS ACEITOU O ENGANO!

Os livros de Reis (1º e 2º) nos contam a história do declínio do povo de Deus: do auge da bênção, com Salomão, ao fundo do poço, no exílio. Também dá a explicação para isso: a desobediência aos mandamentos de Deus e à Palavra dos profetas.O capítulo 13 do 1º livro de Reis nos declara estas verdades de modo ilustrado na vida de três personagens: o rei Jeroboão e dois profetas, cujos nomes não são mencionados.
Um dos profetas, intitulado “homem de Deus”, é enviado por Deus à Betel. Cidade do Reino de Israel, onde Jeroboão havia construído um santuário, e estava desviando o povo para a idolatria, adorando um bezerro de ouro. Este profeta demonstra ter muita coragem. Acata a ordem de Deus e se dirige a um reino que naquele momento era inimigo do seu país. Ele proclama a mensagem contra o altar idólatra no exato momento que o rei, diante de todo o povo, está oferecendo incenso nele.
Sua confiança em Deus também é notável. Pois anuncia um sinal, a rachadura do altar, que caso não ocorresse, traria a sua morte. Ele enfrenta um rei que está mais preocupado com seu bem estar do que com a obediência a Deus. A primeira reação do rei é de oposição e ameaça, a segunda é de pedir sua cura, nenhuma de arrependimento.
Mesmo assim o profeta demonstra ser alguém mais preocupado com a glória de Deus, do que com sua honra. Ele intercede pelo rei que havia ordenado a sua prisão. Ele sabe que era mais um milagre ocorrendo para vindicar a Palavra de Deus, e que poderia levar aquele povo ao arrependimento. Orar pelo bem de quem nos persegue é uma demonstração de obediência e confiança em Deus, e aquele profeta fez isso.
O profeta manifesta uma forte firmeza. Ele recusa o convite do rei para ir ao palácio, onde poderia ter uma refeição fortalecedora e ainda ganhar uma recompensa. Ele mantém seu compromisso e devoção a Deus, ainda que isso demande um sacrifício de ficar sem alimentação e suprimento de água. Sua necessidade está em segundo plano. Diferente de Jeroboão, pois testemunha que a glória de Deus está acima de seu bem-estar.
Só que esta história não tem um final feliz. Outro profeta surge na cena. Este morava no reino do norte, mas parece que não pregava contra a idolatria. Seus filhos estavam envolvidos no falso culto. Quando escuta sobre o homem de Deus e sua profecia, ele engendra uma falsa profecia. Não sabemos suas razões. Poderia ser o sincero desejo de manter comunhão com alguém que de fato conhecia a Deus, de saber mais sobre o propósito de Deus, ou o desejo de ganhar alguns pontos diante do rei, por levar o profeta de Deus até sua casa. O fato é que ele mentiu.
O ouro não corrompeu o homem de Deus, mas a falsa profecia o enganou o matou. Ele vacilou na vigilância. Como profeta de Deus poderia ter consultado a Deus sobre aquela nova mensagem. Ainda poderia ter solicitado alguma evidência da veracidade da profecia. Mas não faz nada disso. Acreditou que o outro profeta estava falando a verdade. Esta falta de vigilância lhe custou a vida.
Deus não muda a Sua palavra. A palavra dada ao profeta era para não comer nem beber em Israel, e não voltar pelo mesmo caminho, demonstrando que Deus estava rejeitando aquela nação. Por não seguir esta palavra, o profeta foi morto. Deus estava dizendo àquele povo: no passado Eu já anunciei que vocês deveriam adorar apenas a mim, e não fazer ídolos; e agora este novo rei fez ídolos e vocês estão adorando, pensando que isso veio de mim. Mas estão sendo enganados, e vou puni-los por se deixarem levar por esta falsidade.
A quem muito é dado, muito será cobrado. O profeta de Deus, apesar de sua grande devoção e obediência, porque caiu no engano, foi castigado. Deus estava avisando o povo, que privilégios demandam responsabilidades. Quantos privilégios Deus nos tem dado! A oportunidade de conhecer Sua Palavra, de conviver com pessoas que temem e buscam a Deus, o perdão dos nossos pecados, oportunidades para arrependimento, etc. Devemos tomar cuidado para não sermos enganados por falsas vozes.
Mais um milagre ocorre na história: o leão mata o profeta, mas não o devora, o jumento vê o leão e não corre. O corpo do profeta fica entre o jumento e o leão. Animais obedecem às ordens de Deus, os homens não. Nota-se pouco arrependimento nesta história, apesar das ameaças de Deus, de demonstrações sobrenaturais de Seu poder, e de como Ele faz cumprir a Sua Palavra, apenas o profeta velho acredita na Palavra de Deus. Aparentemente ele se arrependeu, e pediu para ser sepultado na tumba do homem de Deus, isto salvou seus ossos da profanação, quando, duzentos anos depois, a profecia foi cumprida (2 Reis 23.15-20) .
domingo, 3 de julho de 2011
O BRAÇO FOI CURADO, MAS O CORAÇÃO CONTINUOU DOENTE

Um exemplo disso é o rei Jeroboão, que passou a ser conhecido como Jeroboão I. Ele era um funcionário do rei Salomão. Sua capacidade o fez ser promovido a administrador. Por causa da desobediência de Salomão, Deus decidiu dividir o reino de Israel. O profeta Aías anunciou a Jeroboão que ele seria o rei das dez tribos. Se ele fosse obediente a Deus, seu reino seria estabelecido como o do rei Davi. Isto é, seria uma dinastia sobre Israel (1 Reis 11.40).
No tempo certo Jeroboão foi feito rei (1 Reis 12.20). Todavia não confiou em Deus, mas em sua capacidade e esperteza. Resolveu usar suas estratégias políticas e administrativas para manter o reino. Não existe erro em usar nossas capacidades, mas jamais devemos usá-las em desobediência à Palavra de Deus. Ele teve medo de que o povo voltasse para debaixo do domínio do reino dos filhos de Davi, se continuasse cultuando no templo, em Jerusalém. Por isso criou alternativas: dois novos lugares de adoração, dois bezerros de ouro para representar os deuses, sacerdotes que não eram da tribo de Levi, e festas religiosas na mesma época das festas instituídas por Deus. Um culto segundo a sua vontade, para atender aos seus interesses, conforme as suas conveniências, a seu bel-prazer (1 Reis 12.25-33).
Deus não se permite ser adorado conforme nós queremos, mas apenas segundo Ele mesmo estabeleceu! Por isso enviou um profeta para anunciar o juízo que traria sobre Jeroboão.
O homem de Deus chega exatamente no momento em que Jeroboão está oferecendo o incenso. Por ordem de Deus, ele profetiza que aquele altar seria destruído e profanado, por um rei chamado Josias, que seria um descendente de Davi. Os ossos dos falsos sacerdotes, que haviam sido instituídos por Jeroboão, seriam queimados nele. Esta profecia apresenta que aquele culto não era aprovado por Deus.
O rei se revolta e manda prender o profeta. Neste momento um segundo sinal ocorre: o braço do rei fica paralisado. Jeroboão clama que o profeta busque o favor de Deus, não para mudar seu coração duro, mas para curar seu braço endurecido. Jeroboão demonstra que estava mais preocupado com o seu bem-estar do que em ser obediente à Palavra de Deus. Buscava Deus para satisfazer seus desejos, resolver seus problemas, curar seus males imediatos, escapar de uma situação complicada e dolorosa. Não queria obedecer, não queria os bons resultados de longo prazo, que vêm como resultado de uma vida caminhando em obediência a Deus.
O profeta, que demonstra temer a Deus, clama, e mais um sinal se opera: o braço é curado. O rei o convida para comer em sua casa, e assim ele lhe presentearia. Mas o homem de Deus fica firme e resiste à tentação, obedece a Deus. Sendo modelo de como Jeroboão e a nação deveriam se comportar.
No capítulo 14 temos o mesmo comportamento de Jeroboão. Seu filho adoece, ele manda sua mulher ir disfarçada falar com o profeta Aías, o mesmo que havia profetizado o reino para ele. Manda presentes, tentando comprar Aías, da mesma forma que tentou comprar o homem de Deus do cap. 13. A profecia de Deus anuncia juízo, e dá como sinal a morte do menino. Mesmo assim, Jeroboão continua incrédulo.
Ele prefere um corpo sadio, e não um espírito obediente. Prefere garantir seu reino de acordo com suas idéias, do que confiar e obedecer a Deus. Prefere o caminho da sua vontade, ao da vontade de Deus. Ele já tinha visto o que acontecera no reino do sul, viu o altar fender-se, viu seu braço secar e voltar ao normal. Mas, os olhos do coração continuavam cegos para a Palavra de Deus, porque o coração estava seco.
Apesar de todos estes sinais, dados graciosa e explicitamente por Deus, nem Jeroboão nem o povo se arrepende. O braço do rei fora curado e voltou a movimentar-se, mas o coração continuou seco, afastado de Deus.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
A Bondade de Deus

Compartilhando leitura:
Vê-se a bondade de Deus na variedade de prazeres naturais que Ele providenciou para as Suas criaturas. Deus poderia ter-Se satisfeito em saciar a nossa fome sem que os alimentos fossem agradáveis ao nosso paladar - como Sua benignidade transparece nos diversos sabores que Ele revestiu os diferentes tipos de carne, vegetais e frutas! Deus não nos deu somente os sentidos, mas também nos deu aquilo que os agrada; e isso também revela a Sua bondade. A terra poderia ser tão fértil como é, sem a sua superfície ser tão deleitosamente variegada. A nossa vida física poderia ser mantida sem as lindas flores para encantarem os nossos olhos e para exalarem suaves perfumes. Poderíamos andar pelos campos, sem que os nossos ouvidos fossem saudados pela música dos pássaros. Donde, pois, esta beleza, este encanto, tão livremente difundido pela face da natureza? Verdadeiramente, "O Senhor é bom para todos, e as Suas ternas misericórdias são sobre todas as Suas obras" (Salmo 145.9)
OS ATRIBUTOS DE DEUS, de A.W. Pink. Publicações Evangélicas Selecionadas, 1990. Pg. 61
Este pensamento ajudou-me a encontrar a resposta para uma pergunta feita por um amigo há mais de dez anos. Porque não matamos nossa fome com alfafa, e preferimos um suculento e gostoso bife? A bondade de Deus criou gostos em nosso paladar, e providenciou sabores para satisfazê-los.
sábado, 25 de junho de 2011
A quem honra, honra
A graça de Deus chega a nós de várias maneiras, e uma das mais comuns é através de outras pessoas. Deus usa homens e mulheres como canais para fazer as águas de Sua graça abençoarem outras vidas.
A graça de Deus chegou a alguns de nós através da vida do Pastor Thomas Flenner Willson, mais conhecido como Pr. Tomé ou “seu Tomé”. Ele foi um dos pioneiros no trabalho evangélico aqui no Cariri.
Além de contribuir com seu trabalho para a evangelização, fundação de igrejas, ensino nas escolas seculares, inclusive na Universidade, também foi diretor, deão acadêmico e professor no Seminário Batista do Cariri. Tendo influenciado várias gerações de obreiros formados naquele seminário.
O Pr Tomé serviu a Deus aqui em nossa igreja por dez anos (1979-1988). Aqueles que são mais antigos na igreja podem lembrar de suas pregações, aulas na Escola Dominical, e como se voluntariava para discipular os novos convertidos. Atualmente ele mora nos EUA com duas filhas.
No dia 25 de maio ele completou 87 anos. E quero aproveitar este boletim para homenageá-lo. Pessoalmente sou muito devedor ao Sr. Tomé. Sem dúvida ele foi uma das pessoas que mais marcou a minha vida. Quero alistar alguns fatos:
Quando tomei a decisão de estudar em um seminário, escrevi para todos do Brasil, pois não sabia onde deveria estudar. Foi o Sr. Tomé aquele que mais rapidamente respondeu, e se prontificou a me ajudar a chegar aqui, minorando algumas dificuldades que eu enfrentava então. Esta carta teve um papel determinante em minha decisão de estudar no SBC. Posso até dizer que, se cheguei a estudar no SBC foi por causa desta carta incentivadora que ele me enviou.
Aqui foi professor exigente e dedicado, buscando que eu desse o meu melhor nos estudos e no trabalho. Esforçou-se sobremaneira para que eu pudesse fazer o mestrado. Inclusive custeando as mensalidades e viagens que eu tinha de fazer.
Se voltei para o Cariri, depois de formado, para ensinar no SBC, muito se deve ao Pr Tomé. Tanto incentivou os membros do conselho a me convidarem como me incentivou a aceitar. O mesmo se deu quanto ao pastorado da Igreja de Novo Juazeiro. Tenho certeza que sua palavra teve muito peso aqui, além de ter fortemente me aconselhado a aceitar este convite.
Se hoje sou convidado a pregar em vários lugares deste país, o seu Tomé também foi instrumento nisso, indicando meu nome para as igrejas, e muitas vezes, ele deixava de ir quando convidado, e cedia o lugar para mim.
Sempre tratou minha família com muito carinho. Quando chegamos ao Cariri e não tínhamos casa para morar, ele nos acolheu em sua casa.
A graça de Deus usou o Pr Tomé para que chegasse onde estou hoje. Ele me serve de exemplo, fazendo-me ver que sou canal através do qual a graça de Deus deve fluir para outros.
OBRIGADO SENHOR, PELA VIDA DO PR. TOMÉ, ajuda-me a ser para outros um pouco do que ele foi para mim.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Por que Deus deixa que seja destruído o que nos é valioso?

Um dos textos da nossa campanha de oração foi o salmo 74. Este salmo é uma oração em forma de poesia. Nela o autor implora o socorro de Deus porque o templo tinha sido destruído pelos inimigos e estava em ruínas.
O templo, ou santuário, era algo de muito valor para o israelita. Começara como um tabernáculo, uma tenda no deserto. O próprio Deus ordenara sua construção, Êxodo 25.8. Ali ele é chamado de santuário, isto é lugar determinado para ser sagrado, separado, consagrado para Deus. Deus diz que por este santuário habitaria no meio do povo. Treze capítulos do livro de Êxodo são destinados para falar das instruções e construção do mesmo. Deus determinou tanto o material que seria usado, como cada detalhe da construção. O próprio Deus mostrara o modelo a Moisés, Ex. 25.9. Deus também escolheu e habilitou os artistas que fariam esta construção, Ex. 35.30-35. Por causa de tudo isto, este tabernáculo era belo.
Mas, seu maior valor não vinha do fato de ser rico e belo, e sim porque era a habitação de Deus. O próprio Deus deixa isto claro em sua inauguração, quando Sua glória enche aquela tenda, Ex. 40,34s. Dali Deus passou a orientar Seu povo na caminhada no deserto. Sempre que o povo acampava o tabernáculo ficava no meio do acampamento, e as tribos de Israel em volta. Deus era o Rei de Israel, e o tabernáculo era Seu palácio, era também chamado de tenda da congregação, porque nele Deus se encontrava com Seu povo. A arca, que era símbolo do trono de Deus estava nele.
Nele o povo fazia suas orações, como Ana quando pediu um filho, sacrificava suas ofertas de arrependimento pelos pecados e gratidão pelas bênçãos recebidas. Nele eram realizadas as comemorações anuais, quando o povo deixava seus afazeres e se dirigia para festejar relembrando as bênçãos de Deus. Era o centro de Israel.
O rei Davi planejou construir um prédio, no lugar da tenda, para ser o templo de Deus. Deus aprovou sua idéia, mas disse que o filho de Davi, Salomão, construiria. Davi preocupou-se em deixar todo o material e as recomendações necessárias para esta construção, 1 Crônicas, 29. Ele mesmo menciona que a obra era grande porque não seria um palácio para homens, mas para Deus, 1 Cr 29. 2. Cinco capítulos de 2 Crônicas e 3 de 1 Reis são para descrever esta construção. E na inauguração deste templo a glória de Deus também o enche. Salomão faz uma oração de dedicação, e nesta oração ele diz que aquela seria uma casa de oração para todos os povos. Simbolicamente seria o lugar onde Deus atenderia tanto o povo de Israel como os outros povos em audiência.
Os israelitas devotos tinham esta casa na mais alta estima. Os salmos 84, 122, manifestam o amor que os salmistas tinham por este lugar. O salmo 42 conta-nos da saudade que um exilado tinha daquele lugar. Os israelitas idólatras passaram a ver o templo como algo mágico, no tempo do profeta Jeremias, eles acreditavam que Deus nunca castigaria a cidade, já que o templo estava ali.
Mas Deus permitiu a destruição do templo. Ele ficou em ruínas. Por que Deus permitiu que algo tão valioso fosse destruído pelos inimigos do Seu povo?
Hoje nós também temos muitas coisas de valor, coisas boas, criadas por Deus, dadas por Ele, que funcionam como sinais de sua presença e bênção sobre nós. Saúde, família (cônjuges e filhos), amigos, uma igreja onde podemos servi-lo, um emprego, missionário e pastores atuantes, etc. E algumas vezes Ele também permite que estes “santuários” seja destruídos, arruinados. Por quê?
Refletindo sobre isto cheguei a algumas conclusões que quero compartilhar: 1) Deus quer nos mostrar que pode atuar sem seus símbolos, mesmo sem o templo Ele continuou atuando na história de Israel. 2) Deus quer nos ensinar a não idolatrar nenhuma de suas bênçãos. Ele quer que nós o adoremos, e não adoremos seus dons. Os dons são instrumentos para nos aproximarmos Dele, e não para nos desviar Dele. Muitas vezes nos concentramos tanto nas bênçãos que esquecemos do Deus que nos dá a bênção. Devemos lembrar que o maior valor é Ele. 3) Deus quer testar nossa fé. Quer que verifiquemos se ela está fundada Nele, ou em coisas visíveis. Ele quer que conheçamos se nós vamos continuar fiéis a Ele mesmo quando o que Ele nos der for retirado. 4) Deus quer nos laçar em Seu colo. É nas horas de aflições, de perdas de algo valioso, que os fiéis se voltam para Deus de modo mais intenso em oração. 5) Deus quer nos fazer refletir sobre o que tem valor de fato em nossa vida. 6) Deus usa nossas perdas para edificar outros, se não fosse a destruição do templo não estaríamos aprendendo com o salmo 74 hoje.
Vamos ser gratos pelas coisas valiosas que Deus nos deu. E continuar confiando Nele quando permitir que estas nos sejam tiradas.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Até que entrei no santuário e entendi o fim deles...
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